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Serviços de Saúde divulgam dados sobre doenças de declaração obrigatória em Agosto de 2025 para o público conhecer a tendência do desenvolvimento das doenças transmissíveis e efectuar a gestão preventiva das doenças

Medidas de prevenção da infecção de gripe e de outras doenças transmissíveis

Com o objectivo de prosseguir com a monitorização da tendência epidemiológica das doenças transmissíveis em Macau e de conceber medidas de prevenção e controlo adequadas, os Serviços de Saúde, de acordo com a «Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis» e o «Mecanismo de declaração obrigatória de doenças transmissíveis», exigem que os responsáveis das instituições médicas públicas ou privadas, os médicos que efectuem o primeiro diagnóstico, os médicos que preencham o certificado de óbito e os técnicos de diagnóstico laboratorial, devem declarar, no prazo legal, os casos de doenças transmissíveis aos Serviços de Saúde. Actualmente, existem 45 tipos de doenças em Macau que necessitam de declaração obrigatória. Os Serviços de Saúde efectuam periodicamente a análise e avaliação dos dados declarados, bem como divulgam os dados de monitorização, permitindo ao público conhecer a tendência do desenvolvimento das doenças transmissíveis, aumentando a consciência de prevenção de doenças e fazendo uma boa gestão de saúde.

Em Agosto de 2025, os Serviços de Saúde registaram um total de 889 casos de doenças de declaração obrigatória. As três (3) doenças com maior número de casos foram a Influenza (616 casos), a infecção por enterovírus (150 casos), e a infecção por Salmonella (31 casos). As doenças que apresentaram alterações significativas em relação ao mês anterior foram a infecção por Salmonella (aumento de aproximadamente 1,8 vezes), e a escarlatina (redução de 55,6%).

  1. A infecção por Salmonella

Em Agosto, foram declarados 31 casos de infecção por Salmonella, o que corresponde a uma redução de 18,4% em relação aos 38 casos registados no mês homólogo de 2024, e um aumento de 1,8 vezes em relação aos 11 casos registados no mês anterior.

A infecção por Salmonella é uma enterite causada por Salmonella não tifóide e está associada a climas mais quentes. As doenças podem ocorrer durante todo o ano, mas a maioria destas doenças ocorre de Julho a Outubro. Todas as pessoas são susceptíveis à infecção. É comum em bebés e crianças com idade inferior a 5 anos. As vias de transmissão incluem comer ou beber comida ou água contaminada por fezes de animais ou humanos, tais como, ovos / produtos derivados de ovos crus ou malcozinhados, leite / produtos lácteos, carne / produtos à base de carne. A transmissão de pessoa para pessoa também pode ocorrer por via fecal-oral.

O período de incubação da infecção por Salmonella é de 6 a 72 horas, geralmente de 12 a 36 horas; o período infeccioso é geralmente de vários dias a várias semanas e raramente pode durar os vários meses. Os sintomas se manifestam por gastroenterite aguda, incluindo náuseas, vómitos, diarreia, febre e cólicas abdominais e outros sintomas. O curso da doença é geralmente de 4 a 7 dias. Os bebés, idosos ou pessoas com sistema imunológico enfraquecido geralmente estão com estado mais grave, podendo ser causadas pela bacteremia outras complicações graves, e os antibióticos devem ser prescritos por um médico para tratamento.

  1. Escarlatina

Em Agosto, foram notificados um total de 12 casos de escarlatina, o que representa uma diminuição de 57,1% em relação aos 28 casos registados no mesmo mês do ano anterior e de 55,6% em relação aos 27 casos registados no mês anterior.

A Escarlatina é uma doença respiratória aguda transmissível causada pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes). Geralmente, o período de incubação é de 1 a 3 dias. Esta doença é transmitida principalmente através de contacto com as secreções orais ou respiratórias ou salpicos de saliva de doentes infectados. Uma vez que esteja infectado, o doente fica numa situação de elevado contágio, quer antes, quer depois da manifestação da doença. As pessoas podem contrair escarlatina em qualquer período do ano e o pico desta doença ocorre geralmente na Primavera e no Inverno e infecta principalmente crianças entre os dois (2) e os oito (8) anos de idade. Os principais sintomas são febre, dor de garganta, língua com aspecto semelhante a um morango e prurido. As erupções aparecem frequentemente no pescoço, no tórax, nas axilas, nas fossas cubitais, na virilha e no lado interno das coxas. As erupções cutâneas típicas da escarlatina não aparecem no rosto e a pele da região afectada geralmente torna-se muito áspera. Após o desaparecimento das erupções cutâneas, a pele manifesta escamação. O tratamento eficaz pode ser conseguido através da administração de antibióticos. Sem tratamento adequado esta doença pode sofrer complicações, nomeadamente com o aparecimento de otite média, febre reumática, doença renal, pneumonia, linfadenite, artrite, etc. Não existe vacina contra a escarlatina.

  1. Febre de dangue e febre chikungunya

Em Julho e Agosto, foram notificados seis (6) casos de dengue (um local e cinco importados) e 13 casos de febre chikungunya (dois (2) locais e 11 importados). Tanto a dengue como a chikungunya são doenças infecciosas transmitidas pelos mosquitos Aedes albopictus ou Aedes aegypti, com sintomas, vias de transmissão e métodos de prevenção e controlo semelhantes. O período de incubação da dengue é normalmente de quatro (4) a sete (7) dias, sendo os sintomas febre, dores de cabeça, dores nas costas, dores musculares e articulares, bem como erupções cutâneas. Os casos graves podem incluir hemorragia e choque. O período de incubação da febre chikungunya é normalmente de três (3) a sete (7) dias, com sintomas caracterizados sobretudo por febre, dores articulares intensas e erupção cutânea. Os sintomas são, normalmente, ligeiros e duram vários dias, sendo os casos graves e as mortes raros. No entanto, a dor articular pode ser suficientemente grave para limitar as actividades diárias e persistir durante semanas ou meses.

Para reduzir o risco de contrair a gripe e outras doenças infecciosas, os Serviços de Saúde recomendam que os residentes consultem a seguinte infografia para reforçar as medidas de protecção individual.

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