Os Serviços de Saúde apelam aos trabalhadores de saúde da primeira linha e aos cidadãos para se manterem em alerta A organização Mundial de Saúde (OMS) e o departamento de Saúde da Arábia Saudita, confirmaram o aparecimento do primeiro caso de infecção pelo novo tipo de coronavírus (coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente) no Líbano.
Também foram confirmados, mais 4 novos casos, nos Emirados Árabes Unidos e mais 7 novos casos na Arábia Saudita.
O caso confirmado de infecção no Líbano refere-se a um trabalhador da área da saúde com 60 anos de idade, com problemas de hipertensão arterial que após se ter apresentado nos serviços hospitalares, em 22 de Abril, com febres altas, acabou por ser hospitalizado com pneumonia. No passado dia 8 de Maio, após diversas análises ao aparelho respiratório foi confirmada a infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente. Este está agora em estado estável e no seu historial não há registo de viagens nos 14 dias prévios à apresentação dos sintomas, nem teve nenhum contacto com outras pessoas infectadas e com animais. Nos novos 4 casos ocorridos nos Emirados Árabes Unidos, todos são provenientes da sua Capital Abu Dhabi, e a confirmação surgiu após os resultados das análises efectuadas à saliva e ao sangue. De acordo com a notificação da OMS todos estes doentes encontram-se em estado estável, não tinham histórias de viagem, nem tiveram contacto com outros casos confirmados e animais. O primeiro destes 4 casos refere-se a um operário de construção civil, de sexo masculino, com 37 anos de idade que apresentou no dia 23 de Abril sintomas de febre. Acabou por ser internado com dificuldades respiratórias e após avaliação clínica foi internado com pneumonia após exame radiológico ao tórax. O segundo caso é uma mulher, administrativa numa clínica médica, 38 anos de idade, portadora das várias doenças crónicas. Foi internada a 26 de Abril por evidenciar sintomas de pneumonia reconhecidos através de exame radiológico ao tórax. O terceiro caso recaiu num homem com 61 anos de idade, alfaiate, que foi submetido a tratamento hospitalar no dia 18 de Março por doença cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crónica. Durante o período de tratamento, o estado de saúde do doente agravou-se, tendo sido confirmada a infecção após exame. O quarto caso é o de uma mulher com idade de 34 anos que é imigrante, a mesma foi detectada por ter realizado a triagem no seu local de trabalho. Dos novos 7 casos ocorridos na Arábia Saudita a OMS informa que após verificação em dois (2) dos casos não voltaram a surgir sintomas, em três (3) dessas situações os pacientes encontram-se em estado estável, um (1) caso necessitou de ser internado na Unidade de Cuidados Intensivos e há registo da morte de um (1) dos indivíduos. Foi também notificado pela OMS o caso de acompanhamento de uma pessoa infectada que regressou dos Emirados Árabes Unidos para as Filipinas. O indivíduo é um profissional de saúde com 34 anos de idade, do sexo masculino, que trabalhava nos Emirados Árabes Unidos, tendo tido contacto com um caso de infecção.
A autoridade de saúde dos Emirados Árabes Unidos recolheu no dia 13 de Abril as suas amostras de sangue e do sistema respiratório, mas antes de evidenciar o resultado de análise, em 12 de Abril, violando o alerta e aconselhamento da autoridade de saúde, o doente regressou de avião dos Emirados Árabes Unidos para as Filipinas. No dia 16, o resultado da sua amostra de saliva evidenciou a reacção positiva, pelo que a autoridade dos Emirados Árabes Unidos comunicou à Embaixada das Filipinas. De imediato, o Departamento de Saúde das Filipinas procedeu ao isolamento da pessoa em causa e de outras 10 pessoas que tiveram contacto directo com o passageiro, estando as autoridades, também a seguir os outros 413 passageiros e tripulantes do voo. Até ao dia 11 de Maio, 405 pessoas foram acompanhadas e descartadas de infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente. A Organização Mundial de Saúde registou até ao momento, a nível global, 502 casos de infecção pelo novo tipo de coronavírus dos quais resultaram 126 mortes. Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuweit, Iémen e o Líbano. Existem também casos reportados na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Tunísia, Itália, Espanha, Egipto e Malásia e, todos estes casos, têm relação directa e indirecta com os países do Médio Oriente. No período inicial da infecção do coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo as informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado nos animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde. Portanto, é sugerido que se deve tomar medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas, quando se prestam cuidados de saúde para os doentes com sintomas de infecção respiratória aguda. Os Serviços de Saúde afirmam que, a partir do momento da recepção da notificação pela Organização Mundial de Saúde, reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva, e até ao presente momento, não foi detectada qualquer anomalia em Macau.
Os Serviços de Saúde lembram aos trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, especialmente para os indivíduos que vieram do Médio Oriente ou que se deslocaram ao Médio Oriente em viagem, e de comunicarem os casos suspeitos em tempo oportuno e tomarem as correspondentes medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente, devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar, evitando a deslocação aos hospitais locais ou contactos com os doentes locais e os animais, especialmente camelos, bem como evitando a deslocação ao campo de camelos e consumo da bebia (como o leite de camelo fresco) e comida sem tratamento adequado. Em caso de indisposição depois do regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-lhe pormenorizadamente a história de viagem. Para mais detalhes sobre os coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês: http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português: http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.o 2870 0800.