O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, afirmou, hoje (12 de Fevereiro), que a queda contínua das receitas do jogo deve-se a uma combinação de factores, nomeadamente à alteração da economia externa, à falta de capitais, à mudança da economia da sociedade em geral, a qual o governo vai acompanhar de forma contínua para responder adequadamente, especialmente através da garantia que a procura de trabalho local não é afectada. Lionel Leong, após a reunião da Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, quando interpelado pelos jornalistas, disse que a economia e a indústria de jogo são muitas vezes afectadas pelos factores externos, nomeadamente da China interior, de outros países e regiões, quando estes estão a efectuar ajustamentos das suas políticas monetárias que por sua vez reflectem no número de turistas e a vontade de consumo. Sendo a indústria de jogo e turismo o foco principal do modelo económico de Macau, certamente sofrerá alguns impactos. O secretário acrescentou que tanto o governo como o sector de jogo, tem-se mantido atentos a essas alterações e os respectivos serviços, Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos e a Direcção dos Serviços para Assuntos Laborais (DSAL), estão já preparados para dar a devida resposta e que na elaboração do orçamento, o governo irá ter mais atenção no rigor. O governo já reiterou várias vezes que é indispensável ter uma atitude cautelosa perante as mudanças económicas a curto prazo e que por outro lado, além de "nos tempos prósperos, preparai-vos para a adversidade", é necessário promover a diversificação da indústria e o desenvolvimento dos componentes não jogo, e não se preocupar apenas com a quantidade mas sim investir mais na qualidade, só assim irá levar Macau a direccionar e consequentemente atingir, o objectivo de ser o centro mundial de turismo e lazer. Relativamente ao pedido de cancelamento por parte dos promotores de jogo, Lionel Leong afirmou que é normal e que no passado também já se tinha verificado este tipo de acontecimento, e que o cancelamento de licença, provavelmente tem ligação com remodelação ou encerramento de negócio, mas que estas duas situações não têm que estar directamente indexadas. O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, reiterou que o governo irá continuar a estar atento ao impacto negativo provocado pelo encerramento das salas VIP e por outro lado, vai reforçar o mecanismo de resposta, tomando a iniciativa de apoiar os trabalhadores afectados através de medidas específicas para cada caso, nomeadamente formação e apoio na mudança de emprego, garantindo que a procura de trabalho não seja prejudicada. De acordo com os dados disponíveis pela DSAL até à data de hoje, quatro salas VIP foram encerradas ou remodeladas, e de todos os trabalhadores afectados, 50 pediram apoio.
