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Governo atento à pressão e salários dos professores


O Chefe do Executivo, Edmund Ho, referiu hoje (24 de Outubro) que o governo sempre esteve atento e apoiou o ensino de Macau e que, nos últimos anos, empenhou-se, quer em recursos quer em políticas para esta área, com o objectivo de impulsionar o desenvolvimento no sector da educação. Relativamente às questões de salário e pressão dos docentes, Edmund Ho prometeu que o governo vai ter uma atenção especial e através de políticas progressistas resolver as referidas questões para que os docentes possam desenvolver as suas tarefas com dedicação e empenho. O Chefe do Executivo visitou esta manhã três escolas onde tomou conhecimento da realidade de cada uma das instituições, bem como ouviu as opiniões dos professores e restante pessoal. Durante o encontro, referiu que para elevar a qualidade do ensino e melhorar as condições de trabalho, é indispensável ao governo ouvir opiniões detalhadas, as quais são recolhidas, para além do Conselho de Educação, junto de mais um ou dois canais de consulta, permitindo que um número maior de professores possam apresentar as suas opiniões. Na mesma ocasião disse que o governo tem-se empenhado, nos últimos anos, em impulsionar o desenvolvimento do ensino, nomeadamente a implementação de 15 anos de escolaridade gratuita, com o objectivo de melhorar o nível de ensino, em termos de qualidade e quantidade. Acrescentou que o governo vai apoiar no melhoramento das infra-estruturas e intensificar as medidas de apoio ao corpo docente, como reduzir a pressão e acumulação de trabalho, dar mais apoio em recursos materiais e humanos e, assim, melhorar as condições de trabalho, questões já em estudo na DSEJ. Edmund Ho disse que, quanto às questões salariais, a profissão de professor não pode ser comparada com outros tipos de profissionais, já que os salários dos professores não são influenciados pelas necessidades de mercado dos recursos humanos. Assim, para melhorar as condições de trabalho neste sector tem de se recorrer a medidas especiais. Considerou ainda que numa sociedade em permanente desenvolvimento e em mudanças, como elemento da sociedade, incluindo os professores, qualquer pessoa vê os aspectos positivos que o desenvolvimento traz. Todavia, existem sempre situações de inadaptação e pressão, que resultam não só do trabalho, mas também da família e de amigos que se encontram à nossa volta. Acrescentou que não é fácil para as pessoas manterem o mesmo trabalho desde o início da carreira até ao fim, mas o governo vai tentar concentrar-se nesse aspecto para, na medida do possível, melhorar as condições de trabalho, pelo menos para os que continuam com vontade de permanecer no seu posto de trabalho, desempenhar com dedicação e empenho as suas funções, que se sentem satisfeitos com o seu trabalho, se sentem dignidade na sua profissão e vêem o seu trabalho reconhecido pela sociedade. Edmund Ho disse ainda ser necessário analisar a carreira de docente e através das opiniões recolhidas reflectir sobre a mesma matéria. Referiu que para aperfeiçoar o ensino em Macau é preciso melhorar os equipamentos, estudar de forma científica a reforma curricular, e já que a actualmente a situação do rácio professor/aluno é positiva, deve começar-se por aqui, no entanto, lembra que o essencial depende dos professores. Lembrou que com o progresso social, em qualquer posto de trabalho, incluindo os professores, devem continuar a aperfeiçoar a sua formação, no sentido de se adaptarem à evolução da sociedade. Concluiu que o governo vai, contudo, criar incentivos para que os professores no desempenho das suas funções não sintam pressões ou encargos extras.