De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3º trimestre de 2007, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas em Outubro de 2007 era de 3,1 meses. Esse valor diminuiu 2,2%, em relação ao trimestre anterior (3,17 meses), mas aumentou 14,8%, em relação ao período homólogo do ano anterior (2,7 meses). A carteira de encomendas com maior duração é detida pelo sector de “Calçado” (3,35 meses), seguindo-se o “Vestuário e Confecção” (3,25 meses) e “Outros Sectores” (1,7 meses). Das encomendas detidas, por mercados de destino, os EUA e a UE são os mercados mais favoráveis, seguindo-se o Canadá. Entretanto, os mercados de destino como Outros Paíse da Europa, Médio Oriente, América Latina, Austrália e África, têm demonstrado comportamentos menos satisfatórios, com uma fraca carteira de encomendas. No contexto das perspectivas de evolução das exportações para os próximos seis meses, 38,2% das empresas antecipam uma situação favorável, aumentou 0,9 pontos percentuais, face ao verificado no trimestre anterior. Dos quais, 32,7% das empresas prevêem um ligeiro crescimento e 5,5% antecipam um forte aumento nas exportações. Entretanto, 37,8% prevêem uma situação de estagnação e, em contrapartida, 16,9% apontam para um ligeiro decréscimo e 7,0% um forte declínio para as exportações.
No tocante ao mercado de trabalho, e em termos de mão-de-obra afecta ao sector industrial exportador, as empresas inquiridas observaram uma diminuição de 3,4% e 11,8%, face ao trimestre passado e ao período idêntico de 2006, respectivamente. De entre as quais, 63,3% afirmaram terem enfrentado uma maior “Insuficiência de Trabalhadores”, sendo um nível inferior aos 70,0%, verificados no trimestre anterior, e aos 70,4%, verificados no período homólogo de 2006, destacando-se o sector de “Vestuário e Confecção”, com uma representação de 64,9% no seio do mesmo. Com base nos resultados do Inquérito, no desempenho das actividades de exportação no trimestre em referência, as percentagens das empresas inquiridas que registaram dificuldades nos domínios de “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” e “Preços Elevados das Matérias-Primas” foram de 67,1% e 66,7%, respectivamente, existindo ainda outros factores problemáticos, tais como o de “Insuficiência de Trabalhadores” (63,7%), “Salários Elevados” (45,8%) e “Insuficiente Volume de Encomendas” (33,8%). Das referidas dificuldades, as empresas apontaram os aspectos de “Insuficiência de Trabalhadores” (19,9%) e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (16,1%) como as dificuldades mais significativas. Projectando os próximos três meses, as empresas do sector industrial inquiridas identificam os “Preços Elevados das Matérias-Primas” (56,9%), “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (56,7%) e “Insuficiência de Trabalhadores” (49,9%), como principais motivos de preocupação no desempenho do seu ramo de actividade.