Um assistente, de apelido Sio, de uma instituição de ensino superior foi indiciado por incumprimento do dever de dar aulas durante os seus horários lectivos. Alegadamente, entregou todo o seu trabalho docente a terceiros sem qualificações de assistente e, ainda assim, recebeu as remunerações correspondentes à sua categoria docente, no total de mais de 400 mil patacas. Por suspeita de burla, o caso foi hoje (dia 30) encaminhado para o Ministério Público. O caso foi denunciado ao Comissariado contra a Corrupção por um estudante universitário identificado. Segundo o denunciante, no ano lectivo passado, as aulas de um assistente de apelido Sio foram todas dadas por terceiros, havendo indícios de falta permanente às aulas e de burla. Em resultado de investigação, o CCAC descobriu que, no decorrer do ano lectivo 2007/2008, o assistente envolvido terá faltado em todos os 116 dias em que devia desenvolver actividades de ensino. Alegadamente, indicou, por si próprio, como substitutos terceiros sem as qualificações de assistente para dar aulas, sem autorização nem conhecimento da referida instituição de ensino superior, mas recebeu na mesma as remunerações durante o ano lectivo, totalizando mais de 400 mil patacas. No decorrer da investigação, o suspeito confessou ter-se dedicado permanentemente a actividades empresariais fora de Macau, sendo-lhe impossível dar as aulas.
