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Base de dados sobre estudantes da RAEM no exterior é inviável


O coordenador do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES), Chan Pak Fai, afirma que não existem ainda condições para a criação de uma base de dados com informação completa e exacta sobre pessoas de Macau que prosseguem estudos no exterior. Em resposta à interpelação da deputada Iong Weng Ian, ele justifica que as dificuldades têm a ver com a diversidade de locais escolhidos para a prossecução de estudo no exterior, tanto na China Interior como no resto do mundo. Chan Pak Fai acrescenta que não existe nenhuma lei que obrigue os cidadãos ao registo oficial em caso de estudos fora do território e é inviável pedir informações sobre a matrícula de estudantes de Macau em todas a instituições de ensino superior, para além das diferenças de datas de admissão nas escolas e períodos de frequência variáveis por eventual interrupção. No entanto, o governo compreende a necessidade de conhecer melhor a situação de cidadãos que decidem continuar a formação académica fora de Macau e o GAES está já criar uma base de dados sobre o ensino superior no território em colaboração com a Universidade de Macau, sublinha o mesmo responsável. Para tal, tenciona introduzir um sistema de acompanhamento da tendência dos finalistas do ensino secundário, que lhes permita actualizar os dados pessoais online, incluindo a situação de continuação de estudos ou de emprego. Como projecto de carácter facultativo, ele depende da participação activa dos destinatários e a garantia de que a informação recolhida será completa e exacta de vários factores, adianta. Chan Pak Fai indica ainda que a forma de incentivar aos estudantes de Macau para regresso ao território e desenvolvimento da carreira está condicionada às conjunturas locais. Se o desenvolvimento económico for favorável, todos os ramos de actividade terão maior margem de crescimento e, naturalmente, os estudantes terão mais condições para regressar a Macau após a conclusão dos cursos no exterior. Além disso, relativamente à impossibilidade de colmatar carências do território em termos de determinado pessoal especializado para o qual não existem cursos ministrados em instituições de ensino locais, o coordenador GAES recorda que o governo tem programas de incentivo para a frequência de cursos no exterior, incluindo bolsas de mérito com contrapartida obrigatória de regresso a Macau, após a conclusão dos estudos, para satisfazer a procura do mercado.