Saltar da navegação

Os Serviços de Saúde concluíram a investigação preliminar dos casos de intoxicação colectiva ocorridos em 26 e 27 de Junho


Os Serviços de Saúde concluíram a investigação preliminar dos casos de intoxicação colectiva acontecidos nos dias 26 e 27 de Junho, tendo confirmado que sucessivamente 3 grupos de turistas sofreram dos sintomas de diferentes níveis de infecção do tracto gastrointestinal depois de terem ingerido alimentos no restaurante de gastronomia Xangaiense “Hua De” situado na Rua de Pequim. Os casos foram classificados como surtos sucessivos de intoxicação originados pela mesma fonte poluente, os quais envolveram 20 pessoas.
Visto que nas amostras de fezes de 3 dos infectados foi verificada a existência do vibrio parahaemolyticus e depois de avaliado este resultado em conjunto com o período de incubação, os sintomas e as outras informações epidemiológicas, na fase preliminar, considerou-se que os casos estão relacionados com a ingestão de alimentos contaminados pelo vibrio parahaemolyticus. De acordo com as informações recolhidas na pesquisa “in loco”, no estabelecimento em causa manuseava-se grande quantidade de mariscos e peixes mas a temperatura do frigorífico para a conservação destes alimentos não atingia o nível seguro. Para além disso, também se verificou que uma grande quantidade de alimentos confeccionados foi exposta à temperatura ambiental por longo período de tempo, não tendo sido os mesmos protegidos adequadamente; os alimentos crus e os alimentos cozinhados foram colocados em conjunto; a área de manuseamento de alimentos era pequena e as vias de movimentação de alimentos e de outros materiais foram sobrepostas. Por estes motivos, é altamente suspeito que os casos foram provocados por infecção cruzada. Durante o período de pesquisa, os Serviços de Saúde recolheram do referido estabelecimento para análise laboratorial 13 amostras que não pertenciam aos pratos em causa e os resultados revelaram que 3 das amostras analisadas continham vibrio parahaemolyticus cuja quantidade, contudo, não atingia o nível de risco. Por outro lado, em 4 amostras foi verificada a existência de grande quantidade de Escherichia coli a qual excedia 16 a 3800 vezes o nível aceitável, indicando que as condições higiénicas deste restaurante eram extremamente inadequadas.
O estabelecimento de comidas em causa concluiu a limpeza e a desinfecção das instalações em conformidade com as instruções, tendo também programado para os seus empregados formação básica sobre higiene alimentar, por isso, ontem (1 de Julho) os Serviços de Saúde autorizaram o reinício do seu negócio.
Visto que a mudança do clima e das estações agitam as bactérias no mar, os estabelecimentos de comidas e bebidas devem ter maior cautela aquando do manuseamento dos produtos marinhos e na protecção doutros alimentos cozinhados, no sentido de se evitar a proliferação de vibrio parahaemolyticus e de outros micro-organismos nocivos e a infecção cruzada, devendo também observar as normas de boa higiene e as recomendações “Cinco pontos chaves para uma alimentação segura” divulgadas pela Organização Mundial de Saúde : 1) cuidar da higiene, 2) separar os alimentos crus dos cozinhados, 3) cozinhar bem os alimentos, 4) manter os alimentos em temperaturas seguras, 5) usar água tratada e ingredientes seguros na preparação dos alimentos.
Dado que o sector de restauração fornece pratos frios e pratica habitualmente o reaquecimento de alimentos na fase final de processamento, deve o mesmo tomar atenção especial no sentido de prestar protecção suficiente aos alimentos e prevenir a infecção cruzada, devendo também prestar atenção a que, no reaquecimento das comidas, a temperatura no seio das mesmas deve necessariamente atingir, no mínimo, 75º.C. Para mais informações, pode-se consultar as “Orientações Técnicas de Higiene Alimentar” divulgadas pelos Serviços de Saúde. Os Serviços de Saúde apelam aos consumidores para a necessidade de escolherem estabelecimentos de comidas com boas condições de higiene e boa reputação e, a fim de proteger a saúde, em caso de dúvidas sobre o estado higiénico de qualquer alimento, não devem consumi-lo.