A DSSOPT irá na próxima semana proceder a demolição das demais duas residência do Governo de forma a articular com realização da fase seguintes das investigações arqueológicas nas imediações das Ruínas de S. Paulo. A par disso, será definido em função da fase seguinte dos resultados das investigações arqueológicas o plano geral de futuro aproveitamento do espaço envolvente das Ruínas de S. Paulo e após a conclusão do estudo sobre o plano preliminar, será este assunto lançado a consulta pública na esperança de que no futuro este plano possa alcançar o equilíbrio entre a defesa dos valores históricos e culturais, assim como criar condições propícias para o desenvolvimento económico de Macau.
Na sessão de apresentação sobre os resultados das investigações arqueológicas realizada hoje (dia 30), pelas 15:00 horas, pelo grupo de trabalho interdepartamental, composto por representantes da DSSOPT, da DST, do IC e da DSAT, em conjunto com os arqueólogos da Academia Chinesa de Ciências Sociais, foi dito que para um melhor levantamento do ponto de situação das quatro residências do Governo, sitas na Rua de Belchior Carneiro (ou seja onde se encontravam os restos arqueológicos do Colégio de S. Paulo), veio primeiro a Administração em Março do corrente ano proceder à demolição de duas das residências mais próximas das Ruínas de S. Paulo, a fim de permitir aos arqueólogos da Academia Chinesa de Ciências Sociais pudessem em Abril realizar in situ os trabalhos de investigação e de pesquisa arqueológica. E após vários meses de trabalho, foram acolhidos resultados frutíferos nesta fase de trabalho.
Assim sendo, tem em conta que a realização tanto quanto antes dos trabalhos de investigação arqueológica permitirá um melhor conhecimento da situação geral e considerando ainda o espaço que na altura era ocupado pelo Colégio de S. Paulo, acrescido ainda da importância destes restos arqueológicos para toda a zona das Ruínas de S. Paulo, por isso, virá a Administração em breve proceder a demolição das demais duas residências do Governo.
A par da zona das Ruínas de S. Paulo ser o eixo central do Centro Histórico de Macau, é também o centro da indústria da cultura e do turismo, e o berço da cultura e da história de Macau, pelo que toda a sua zona paisagística terá um papel difusor e catalítico nos pontos turísticos-culturais e mesmo na vertente económica das imediações e mesmo de toda Macau, pelo que os serviços responsáveis pelo planeamento urbanístico irão em função dos resultados das descobertas arqueológicas dar início ao estudo sobre o plano geral da zona central do património mundial da UNESCO centrado nas Ruínas de S. Paulo, assim como do estudo em matéria de defesa e reforço do seu património histórico e cultural, da elevação da qualidade geral de todo o seu meio ambiente e da criação de condições que visem promover o desenvolvimento diversificado da economia de Macau, por forma a que este plano possa então unir a sua contextura histórica e ambiental, tornar o património histórico de Macau numa maior valia e realçar a importância do seu valor cultural, mas também permitir que através da requalificação dos recursos turísticos e culturais das Ruínas de S. Paulo se consiga melhorar o ambiente dos bairros antigos e promover a diversidade da economia de Macau.
O plano geral da zona central do património mundial da UNESCO centrado nas Ruínas de S. Paulo, em si, tem em conta questões relacionadas com a defesa do património, turismo, trânsito e cultura, por isso a fim de alcançar o equilíbrio entre a defesa dos valores históricos e culturais e criar condições para o desenvolvimento económico, após a Administração concluir o estudo sobre o plano preliminar, virá em seguida o grupo de trabalho interdepartamental lançar este assunto à consulta pública, no sentido de amplamente se recolher as opiniões e as sugestões da população, por forma a permitir assim melhor optimizar este plano.