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Um idoso morreu 2 dias após a vacinação, sendo a causa de morte o ataque cardíaco e a insuficiência cardíaca, após confirmação do diagnóstico definitivo


No dia 7 de Janeiro, 2.543 cidadãos foram vacinados contra a Gripe H1N1 e cumulativamente 75.258 cidadãos foram sujeitos à vacinação. No total verificaram-se 37 casos de reacções adversas à vacinação, sendo as reacções mais comuns a febre, registando-se 6 casos de reacção alérgica nos tecidos cutâneos e 4 casos de síncope de acupunctura, isto é, um sintoma de tontura após irritação provocada pela seringa. Um idoso, com 79 anos de idade, doente com várias doenças crónicas, morreu, 2 dias após a vacinação. Após o diagnóstico, confirmou-se que a causa de morte foi o ataque cardíaco e a insuficiência cardíaca resultantes das doenças crónicas de hipertensão e diabetes millitus. A vítima sofria de várias doenças, tais como, hipertensão, diabetes millitus, insuficiência renal crónica, tomando, pelo menos, 5 medicamentos para a hipertensão, de controlo da pressão arterial. A partir do ano 2003, foi submetido anualmente à vacina gripal. No dia 11 de Dezembro do ano passado, foi sujeito à vacina sazonal, vacina contra a gripe H1N1 e vacina anti-pneumocócica, não tendo surgido qualquer situação anormal. No dia 5 de Janeiro, pelas 9:00 horas, foi submetido à segunda dose de vacina contra a gripe H1N1, encontrando-se, a meio do dia, mal disposto, pelo que se dirigiu ao Serviços de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário para efeitos de consulta médica. Verificou-se a presença de vários quadros clínicos, nomeadamente hipertensão, edema pulmonar e insuficiência cardíaca. Após o tratamento médico, o doente melhorou, mas, na manhã do dia 7, o seu estado agravou-se subitamente, e, apesar dos cuidados de socorro prestados pelo profissional de saúde, o doente morreu finalmente às 14:00 horas. Os Serviços de Saúde prestaram uma particular atenção a este caso e, após a recepção da respectiva informação, reuniram-se, imediatamente, o médico familiar da vítima, o médico especialista da área de cardiologia que participou no processo de salvação, o responsável pelo Serviço de Cardiologia, os médicos de saúde pública, com vista a discutirem e analisarem a causa de morte da vítima. Devido ao facto dos familiares da vítima não quererem proceder à autópsia, o grupo de especialistas apenas pôde proceder ao diagnóstico, de acordo com a história das doenças, por um lado, a vítima sofria de muitas doenças crónicas relacionadas com a eventualidade da ocorrência de doenças cardíacas, por outro lado, o raio X da vítima indicava cardiomegalia e, perante o quadro clínico dos dois dias anteriores à sua morte, foi confirmada a causa de morte pelo ataque cardíaco e pela insuficiência cardíaca resultantes de hipertensão e diabetes millitus. Os Serviços de Saúde expressaram o seu pesar aos familiares da vítima. Uma vez que a sua morte se aproximou da altura da vacinação, os Serviços de Saúde compreendem que os familiares suspeitem que a morte do idoso esteja relacionada com a vacina. Actualmente, sabemos que a única causa de morte súbita após a vacinação gripal é derivada de uma reacção alérgica grave, que ocorre geralmente durante o período de cerca de 10 minutos após a vacinação, estando associados sintomas, nomeadamente, de asma e urticária. Até agora, ainda não há qualquer indicação constante da literatura médica que conclua que a vacina pode provocar ataque cardíaco e insuficiência cardíaca. A vítima foi vacinada muitas vezes e não teve qualquer reacção alérgica, consequentemente, o grupo de especialistas considerou que não há nenhuma razão que possa provar que a vacina foi a causa de morte da vítima. Até agora, no mundo, mais de 100 milhões de indivíduos foram vacinados contra a gripe H1N1, sendo esta a melhor campanha de vacinação na história da humanidade. Com o aumento do número de vacinações, aparecem, inevitavelmente, casos de efeitos adversos após a vacinação, ou seja, de informação sobre o aumento dos casos de doença ou casos de morte. É de todos sabido que nenhuma vacina é absolutamente segura, e a vacina contra a gripe H1N1 também é assim, contudo, nem todo os casos de doença ou de morte que ocorrem após a vacinação são provocados por esta. A enfermidade e a morte ocorrida após a administração da vacina, por um lado, podem ser consequências da vacina, mas também, por outro lado, pode aparecer uma coincidência após o período de vacinação. Sem a vacinação, um indivíduo também pode contrair qualquer doença ou até morrer, sendo a maior parte da etiologia das doenças desconhecida. Com o aumento do número de vacinações, estes casos podem aumentar. Em Macau, uma população de cerca de quinhentas mil pessoas aparece diariamente com várias enfermidades, registando-se um número médio diário de cerca de 5 casos de morte. Podemos imaginar que quando se aproxima um número de milhões de vacinações, pode aparecer uma alta taxa de oportunidade de ocorrência de várias enfermidades e casos de morte entre as pessoas não vacinadas. Actualmente, sabemos que a única causa de morte súbita após a administração desta vacina gripal é a reacção alérgica de choque, ocorrendo em geral no período de cerca de dez minutos após a vacinação, aproximando-se um milionésimo da taxa de oportunidade da ocorrência. Esta situação pode ser solucionada pela injecção de adrenalina. As outras reacções conhecidas abrangem, nomeadamente, os sintomas de dor no local da vacinação, febre, fadiga, dores musculares, os quais desaparecem geralmente durante o período de 48 horas. A morte resultante das outras doenças não pode ser atribuída à vacinaçāo. Quando se analisa a causa da ocorrência da etiologia desconhecida das doenças, tais como paralisia, mortalidade fetal e aborto pela administração de vacina, temos de considerar a proporção de ocorrência destas doenças entre o grupo submetido à vacina e o grupo não submetido à vacina. De acordo com as informações disponíveis, não se conclui que a ocorrência das várias doenças graves nos indivíduos vacinados seja maior do que a nos indivíduos não vacinados, incluindo a paralisia, a mortalidade fetal e o aborto. No Canadá, utilizou-se a vacina contra a gripe H1N1 produzida por uma fábrica do Reino Unido, aparecendo uma maior taxa da oportunidade de ocorrência da reacção de alergia de choque, apenas num lote dos respectivos produtos da vacina, mas não existiram outros efeitos adversos com tipos determinados. Pelo exposto, a Organização Mundial de Saúde e os peritos dos vários países consideraram que a administração de vacina contra a gripe H1N1 é segura e os benefícios da vacinação são maiores do que os riscos eventualmente existentes. Os Serviços de Saúde continuam a manter o sistema de vigilância e a analisar os efeitos adversos ocorridos nos vários territórios do mundo após a administração da vacina, e, em qualquer momento, publicarão a respectiva informação.