Fórum Internacional de Intercâmbio Civilizacional 2025
Apresentado pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, organizado pelo Instituto Cultural e com o apoio da Academia Chinesa de História da Academia Chinesa de Ciências Sociais, o primeiro “Fórum Internacional de Intercâmbio Civilizacional” realizou-se em Macau, de 16 a 17 de Dezembro de 2025. Dedicado ao tema “Aprendizagem Mútua entre Civilizações, Herança e Desenvolvimento”, o primeiro Fórum atraiu mais de 50 representantes de departamentos governamentais e organizações internacionais de vários países e regiões, assim como especialistas e académicos de renome de muitos países e regiões. Contou com mais de 20 sessões temáticas de alta qualidade, em que participaram mais de 300 convidados de vários sectores, tanto nacionais como internacionais. O Fórum estabeleceu uma plataforma de alto nível para o intercâmbio e diálogo entre civilizações, relevando plenamente as suas características distintivas de convergência interdisciplinar e intercâmbio internacional de alto nível.
A Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da RAEM, O Lam, afirmou no seu discurso na cerimónia de inauguração, que o “Fórum Internacional de Intercâmbio Civilizacional”, utilizando Macau como plataforma, marca um novo ponto de partida para incrementar o diálogo entre civilizações. Os convidados e académicos aprofundaram o valor cultural de Macau, valaram-se a sabedoria da aprendizagem mútua entre civilizações para desenvolverem modelos de diálogo replicáveis resultantes da prosperidade de diversas culturas, contribuindo, assim, com uma “solução de Macau” para o intercâmbio cultural global. O Vice-Ministro do Departamento de Publicidade do Comité Central do PCC, Wang Gang, sugeriu que devemos respeitar as diversas civilizações e aprofundar a aprendizagem mútua; promover valores partilhados e fomentar uma coexistência harmoniosa; salvaguardar os tesouros culturais enquanto fortalecemos a herança e a inovação; e aprofundar o intercâmbio cultural para construir consensos sobre a cooperação. Os especialistas e académicos participantes a desenvolvem novas ideias e construírem consensos através do intercâmbio, fortalecendo-se através da aprendizagem mútua e dando um novo ímpeto à prosperidade das civilizações humanas em conjunto.
Os discursos de abertura do Fórum centraram-se no tema “Aprendizagem Mútua entre Civilizações, Herança e Desenvolvimento”, incluindo dois sub-fóruns paralelos intitulados “Aprendizagem Mútua entre Civilizações e Coexistência Diversa” e “Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Património Cultural” e, seis colóquios académicos focados em seis temas “Continuidade Civilizacional e Percursos Históricos”, “Desafios Globais na Protecção do Património Cultural Mundial”, “O Valor Contemporâneo da Prática de ‘Um País, Dois Sistemas’ e a Aprendizagem Mútua entre Civilizações”, “Práticas e Experiências na Cooperação Internacional para a Protecção do Património Cultural”, “Diversidade das Civilizações Mundiais e a Comunidade com um Futuro Partilhado para a Humanidade” e “Da Perspetiva de Macau: Novas Abordagens para a Protecção do Património Cultural Mundial”, respectivamente, a fim de aprofundar e promover o diálogo e intercâmbio entre civilizações. Assinalando-se o vigésimo aniversário da inscrição bem-sucedida do “Centro Histórico de Macau” na Lista do Património Mundial, as sessões resumiram as experiências globais em conservação do património mundial, promoveram a cooperação internacional e estimularam o intercâmbio de ideias e as ligações inovadoras.
Nos discursos de abertura do Fórum, Li Guoqiang, Membro da Academia Chinesa de Ciências Sociais e Vice-Presidente da Academia Chinesa de História, afirmou no Fórum que a Iniciativa de Civilização Global, proposta pelo Presidente Xi Jinping, contribuiu com a sabedoria e as soluções chinesas para a resolução dos desafios comuns enfrentados pela sociedade humana contemporânea; Alfred Hornung, Membro da Academia Europaea, Professor de pesquisa e Director do Instituto Obama da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz, Alemanha, afirmou que a Iniciativa de Civilização Global proposta pela China pode ser considerada uma interpretação e prática contemporâneas dos valores confucionistas, com o objectivo de promover a construção de relações interpessoais harmoniosas e impulsionar a formação de um mundo pacífico e seguro; Wu Zhiliang, Vice-Director da Comissão de Cultura, História e Estudos da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Presidente do Conselho de Administraçãoda Fundação Macau, explicou o papel singular de Macau na transformação do conceito de aprendizagem mútua entre civilizações num bem público global. Salientou ainda que Macau deve assumir activamente o papel de “conversor de civilizações”, tornando-se um “ponto de partida” e um “eixo” fundamental no intercâmbio e diálogo entre civilizações globais.
Além disso, diversos especialistas e académicos, incluindo Qian Chengdan, Professor da Cátedra Boya da Universidade de Pequim; Zheng Yongnian, Decano da Escola de Políticas Públicas da Universidade Chinesa de Hong Kong (Shenzhen) e Director do Instituto de Assuntos Internacionais de Qianhai; Xu Tianjin, Director do Museu de Liangzhu (Instituto de Estudos de Liangzhu), Professor da Escola de Arqueologia e Museologia da Universidade de Pequim, expressaram as suas profundas reflexões sobre a diversidade da civilização humana, articulando-as com as suas respectivas áreas de investigação. Todos os oradores citaram a máxima clássica do Sr. Fei Xiaotong “Cada um aprecia a sua própria beleza; apreciar a beleza dos outros; a beleza de todos em conjunto; o mundo em harmonia”, para interpretar e ecoar o significado profundo do conceito de aprendizagem mútua entre civilizações, tornando-se uma marca emblemática desta edição do Fórum.
Na cerimónia de encerramento, foi oficialmente publicada a Aprendizagem Mútua entre Civilizações, Herança e Desenvolvimento: Uma Iniciativa de Macau. Esta Iniciativa, baseada no posicionamento de desenvolvimento de Macau “promoção da coexistência multicultural com predominância da cultura chinesa”, defende que se utilize Macau como elo de ligação, o património cultural como testemunho e o diálogo como ponte para promover a apreciação mútua, a coexistência harmoniosa e a cooperação de benefício mútuo entre diferentes civilizações. O seu conteúdo central inclui: 1. promover o diálogo civilizacional e a partilha de experiências a, com base numa perspectiva global; 2. promover a abertura e a inclusão e aprofundar a aprendizagem mútua e o diálogo civilizacional ; 3. valorizar o património cultural e promover a integração da sabedoria tradicional com o desenvolvimento moderno; 4. Concentrar-se na transmissão intergeracional e apoiar o crescimento juvenil e a inovação digital; 5. construir uma plataforma de diálogo civilizacional e praticar a iniciativa da civilização global.
A realização bem-sucedida do “Fórum Internacional de Intercâmbio Civilizacional 2025” constitui uma medida importante de Macau para se alinhar activamente com a estratégia nacional de desenvolvimento cultural, pôr em prática a “Iniciativa de Civilização Global” e se empenhar activamente no diálogo global entre civilizações. Os resultados alcançados pelo Fórum não só consolidaram mais o consenso internacional sobre a construção de uma Comunidade com um Futuro Partilhado para a Humanidade, como também definiram o papel único e o posicionamento de desenvolvimento de Macau no processo de aprendizagem mútua entre civilizações, proporcionando um apoio sólido à construção de Macau como uma ligação relevante de alto nível do País na abertura ao exterior e uma janela importante para o intercâmbio e a aprendizagem mútua entre as civilizações chinesa e ocidental. Olhando para o futuro, Macau tomará este Fórum como ponto de partida, e utilizará a cultura como elo e o diálogo como ponte, para promover profundamente o intercâmbio global entre civilizações e a cooperação internacional de benefícios mútuos, valorizando a contribuição de Macau para a construção de uma Comunidade com um Futuro Partilhado para a Humanidade.











