De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador no 2.º trimestre de 2011, mostrados nos questionários entregues pelas empresas industrias de Macau em Julho de 2011, a duração média mensal da carteira de encomendas detidas pelas mesmas foi de 2,53 meses, representando um acréscimo em relação ao trimestre anterior (2,36 meses), mas um decréscimo em relação ao período homólogo do ano transacto (2,91 meses). As carteiras de encomendas detidas pelo sector de "Vestuário e Confecção" e "Outros Sectores" foram de 3,24 meses e 1,86 meses, respectivamente. Em relação aos mercados de destino, conforme o índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que, Hong Kong, os EUA, o Interior da China e outros países da Ásia-Pacífico são os que apresentam perspectivas relativamente favoráveis, enquanto o mercado do Japão tem sido o pior durante dois trimestres consecutivos na sequência da contínua situação menos positiva da carteira de encomendas provenientes desse país. Sobre as perspectivas de exportações para os próximos seis meses, as empresas inquiridas que se mostram optimistas sobre a evolução das exportações diminuiu de 46,8% no trimestre anterior, para 37,0% neste trimestre (com uma decida de 9,8 pontos percentuais). Apenas 0,005% das empresas inquiridas antecipam um forte aumento e 37,0% prevêem um ligeiro crescimento nas exportações. A percentagem das empresas que antecipam uma perspectiva negativa foi igual à registada no trimestre anterior (26,9%), representando, no entanto, um ligeiro acréscimo de 0,8 pontos percentuais quando comparada com o mesmo período de 2010 (26,1%), das quais, 11,2% apontam para um ligeiro decréscimo e 15,7% para um forte declínio. Quanto às empresas que prevêem "Estagnação", estas subiram de 26,1% no trimestre anterior para 35,9% neste trimestre. Estes dados traduzem que as empresas industriais têm uma perspectiva incerta sobre a evolução das exportações. No que se refere à demanda por mão-de-obra, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores no Sector Industrial Exportador aumentou 1,9% face ao trimestre anterior, mas reduzindo 12,1% em relação ao mesmo período de 2010. Destas empresas, 65,2% declararam ter insuficiência de trabalhadores, sendo um nível superior aos 63,3% e 52,2% verificados no trimestre anterior e no período homólogo de 2010, respectivamente, o que revela uma grande demanda por pessoal; destacando-se a indústria de "Vestuário e Confecção", com 68,9% das empresas inquiridas deste mesmo sector de actividades, 0,3% menos que registado no trimestre anterior e 17,2% mais que verificado no período homólogo do ano passado. Segundo os resultados do Inquérito, durante o exercício das actividades exportadoras no 2.º trimestre de 2011, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar os problemas de "Preços Elevados das Matérias-Primas" e "Insuficiência de Trabalhadores" foram de 75,2% e 69,1%, respectivamente, e as que enfrentaram os problemas como "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro", "Salários Elevados" e "Insuficiente Volume de Encomendas" foram de 66,8%, 42,6% e 33,6%, respectivamente. Por outro lado, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 46,0% das empresas exportadoras consideram os "Preços Elevados das Matérias-Primas" como o maior problema, enquanto que 11,1% apontam para o "Insuficiente Volume de Encomendas" e 8,2% para a "Insuficiência de Trabalhadores". Para os próximos três meses, 78,8% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com os "Preços Elevados das Matérias-Primas", 59,0% com os "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" e 45,4% com a "Insuficiência de Trabalhadores".