MAIS DEZ CASOS CONFIRMADOS DE CORONAVÍRUS NOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS, TRÊS NA ARÁBIA SAUDITA E UM NA JORDÂNIA
Os Serviços de Saúde apelam aos trabalhadores de saúde da primeira linha e aos cidadãos para se manterem em alerta De acordo com uma notificação divulgada na passada quinta-feira, 15 de Maio, pela Organização Mundial de Saúde e pelo Departamento de Saúde da Arábia Saudita, foram confirmados mais 10 casos, nos Emirados Árabes Unidos, do novo tipo de coronavírus (coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente). Os Serviços de Saúde da Arábia Saudita confirmaram, também, mais 3 novos casos no país e, um novo caso na Jordânia. Estas situações reforçam a necessidade para um alerta redobrado da população e profissionais de saúde da primeira linha particularmente nas questões que envolvem a higiene pessoal e alimentar quando viajarem para fora do país, evitando também contactos com os animais, deslocação aos hospitais locais e contactos com os doentes locais. De acordo com as informações divulgadas pela OMS, os 10 novos casos confirmados de infecção nos Emirados Árabes Unidos, afetaram pessoas com idades compreendidas entre 30 e 59 anos, sete (7) do sexo masculino e três (3) do sexo feminino. 5 destas pessoas encontram-se com um estado clínico estável, 5 estão recuperados sem sintomas e há a particularidade de 3 casos terem ocorrido em profissionais de saúde. Com excepção de um caso ocorrido na província de Al Buraimi os restantes ocorreram na capital Abu Dhabi, com referência ao período de 28 de Março até 24 de Abril. Relativamente aos 3 novos casos confirmados na Arábia Saudita todos foram assinalados em pessoas do sexo feminino com idades compreendidas entre os 39 e 70 anos de idade, uma (1) das pacientes morreu, uma (1) estava com estado clínico estável e uma (1) já não apresentava qualquer sintoma. No caso de infecção ocorrido na Jordânia, a referência da OMS menciona o facto dele ser um profissional de saúde, do sexo masculino, com 50 anos de idade, residente da província de Zarka, que adoeceu no dia 7 de Maio, tendo a sua situação clínica evoluído para uma pneumonia. A análise laboratorial realizada no mesmo dia comprovou que estava infectado pelo novo tipo de coronavírus. Actualmente, este paciente está em estado clínico estável e, antes da apresentação dos sintomas, teve contacto com um caso confirmado de coronavírus. Até ao presente momento, a Organização Mundial de Saúde registou, em todo o mundo, 574 casos de infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente dos quais já resultaram 173 mortes. Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuweit, o Lémen, o Líbano. Existem também casos reportados na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Tunísia, Itália, Espanha, Egipto, Malásia, Estados Unidos da América e Holanda e, todos estes casos, têm relação directa e indirecta com os países do Médio Oriente. No período inicial da infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo as informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado nos animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde. Portanto, é sugerido que se devem tomar medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas, quando se prestam cuidados de saúde para os doentes com sintomas de infecção respiratória aguda, que se deve tomar medidas para prevenção de disseminação através do contacto e evitando a disseminação através dos olhos, quando se prestam cuidados de saúde para os casos prováveis ou confirmados definitivamente, que se deve tomar medidas preventivas para protecção da disseminação através da atmosfera, quando se procedem a uma operação que possa produzir o aerossol. Os Serviços de Saúde afirmam que, a partir do momento da recepção da notificação pela Organização Mundial de Saúde, reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva, e até ao presente momento, não foi detectada qualquer anomalia em Macau. Os Serviços de Saúde lembram aos trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, especialmente para os indivíduos que vieram do Médio Oriente ou que se deslocaram ao Médio Oriente em viagem, e de comunicarem os casos suspeitos em tempo oportuno e tomarem as correspondentes medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente, devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar, evitando a deslocação aos hospitais locais ou contactos com os doentes locais e os animais. Em caso de indisposição depois do regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-lhe pormenorizadamente a história de viagem. Para mais detalhes sobre os coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês : http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português : http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.o 2870 0800.