Nos últimos dias circularam nas redes sociais comentários a propósito de um grave acidente de viação ocorrido na Avenida Padre Tomás Pereira que causou a hospitalização de uma estudante universitária em estado inconsciente e a alegada falta de apoio, por parte do Governo da RAEM, na assistência e no pagamento das despesas médicas, já que a família da aluna não possuía fontes de financiamento. Os valores que foram alegados eram que as despesas médicas atingiam as 50 mil patacas/ dia.
Em resposta a estas incorretas informações os Serviços de Saúde são obrigados a esclarecer que todos os cidadãos estão protegidos pelo sistema de saúde de Macau, e não existe nenhuma situação em que seja negado, aos cidadãos, o acesso ao tratamento médico por falta de condições económicas ou dificuldades financeiras para pagar a despesa de cuidados de saúde.
Compete ao Instituto de Acção Social e o Serviço de Acção Social do Centro Hospitalar Conde de São Januário, entre outros, a prestação de assistência social aos grupos com dificuldades económicas. Assim, neste contexto e tratando-se a situação de um acidente de viação é suposto que as viaturas envolvidas possuam seguros contra terceiros e, para além de que o responsável pelo acidente deverá assumir a respectiva responsabilidade.
Para acompanhar de perto esta situação o director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion já conversou com o director do Hospital Kiang Wu tendo sido informado que aquele hospital está a acompanhar de perto a evolução clínica da paciente, está a prestar-lhe os cuidados de emergência mais adequados e que o tratamento prestado à paciente não será afectado por causa da dificuldade de pagamento da despesa médica. Acresce que de acordo com as informações recebidas o Hospital Kiang Wu não exigiu ou exigirá à família da paciente o pagamento de qualquer despesa, tendo apenas entregue à família um documento discriminativo dos atos médicos efetuados e o respetivo valor.
Além de que será a seguradora a garantir os pagamentos devidos através das eventuais indemnizações que possam ter lugar.
O Hospital Kiang Wu garantiu, ainda que a sua prioridade é tratar os pacientes garantindo-lhes os melhores cuidados médicos de modo a tratar e salvar vidas.
Daí que os Serviços de Saúde reiteram que, em Macau, não existe nenhum condicionamento nem inacessibilidade à ajuda, auxilio e tratamento médico adequado por dificuldades económicas ou financeiras pedindo á população que não reproduza situações que não correspondem à verdade.
Os Serviços de Saúde continuarão a acompanhar a evolução do caso, de maneira que a utente afetada possa obter tratamento.