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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador 4.º Trimestre de 2013


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4.º trimestre de 2013, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas foi de 2,39 meses, representando um acréscimo de 40,6% em relação ao trimestre anterior (1,7meses), mas um decréscimo de 6,6% em relação ao período homólogo do ano passado (2,56 meses), respectivamente. A carteira de encomendas detida pelos sectores de "Vestuário e Confecções", "Produtos Têxteis", "Equipamentos Electrónicos/Eléctricos", "Produtos Farmacêuticos" e "Outros Sectores" foi de 3,37, 0,49, 0,60, 6,87 e 1,35meses, respectivamente.
No que se refere às perspectivas das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, na opinião dos inquiridos, as empresas consideram em geral que a região do Sudeste Asiático, EUA, Hong Kong e UE sejam, relativamente, os mercados que apresentam perspectivas mais favoráveis para as exportações de Macau, apresentando índices na ordem dos 11,8, 6,0, 4,8 e 4,5, respectivamente. Entretanto, o mercado do Interior da China tem sido o que regista uma fraca carteira de encomendas.
No contexto das perspectivas da evolução das exportações para os próximos seis meses, o conjunto das empresas que reportaram perspectivas favoráveis diminuiu para 14,5%, menos 10,4 e 22,2 pontos percentuais, comparativamente ao trimestre anterior (24,9%) e ao mesmo trimestre de 2012 (36,7%), respectivamente. Entre as empresas inquiridas, 3,2% previam um forte aumento e 11,3% um ligeiro crescimento das exportações. Igualmente, as empresas que antecipam uma situação menos favorável foram de 19,4%, correspondendo a uma descida de 16,3 e 10,5 pontos percentuais, quando comparado com o trimestre anterior (35,7%) e com o idêntico trimestre de 2012 (29,9%), respectivamente. Entre estas, 14,7% apontam para um ligeiro decréscimo e 4,7% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação semelhante subiram de 39,4% no trimestre anterior, para 66,1% neste trimestre (subida de 26,7 pontos percentuais). Estes dados traduzem o mesmo nível de confiança mantida pelas empresas, em relação às exportações no futuro.
No tocante ao mercado de emprego, as empresas inquiridas indicam que o número de trabalhadores diminuiu 1,2% e 5,2%, comparativamente ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2012. Destas, 67,0% afirmam terem enfrentado falta de trabalhadores, nível superior a 62,4% e a 66,2% verificados no trimestre anterior e no mesmo trimestre de 2012. Tudo isso reflecte insuficiência no número de trabalhadores na indústria transformadora, destacando-se o sector de "Produtos Farmacêuticos", com uma representação de 78,7% no seio do mesmo, que reflecte a necessidade de pessoal sentida neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 41,3%, das empresas exportadoras consideram a "Insuficiência de Trabalhadores" como o maior problema, enquanto que 10,7% referem o "Insuficiente Volume de Encomendas", 6,8% os "Preços Elevados das Matérias-Primas"; 4,5% indicam os "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" e 3,3% os "Salários Elevados".
Por outro lado, durante o exercício das actividades exportadoras no 4.º trimestre de 2013, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar problemas relacionados com "Preços Elevados das Matérias-Primas" e "Insuficiência de Trabalhadores" foram de 66,1% e 58,2%, respectivamente, e as que enfrentaram "Salários Elevados", "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" e "Insuficiente Volume de Encomendas" 48,2%, 42,2% e 28,3%.
Para os próximos três meses, 49,2% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com "Insuficiência de Trabalhadores", 46,8% com os "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro", 42,2% com os "Preços Elevados das Matérias-Primas", e 40,8% com "Salários Elevados".