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Os Serviços de Saúde confirmam um caso de tsutsugamushi


Os Serviços de Saúde confirmaram ontem (18 de Dezembro) um caso local de doença Tsutsugamushi, também designada por tifo epidémico. O doente é um idoso aposentado, e no dia 14 de Novembro apresentou sintomas, como febre, fatiga, tontura, hipotensão. Nos dias 14 e 21 de Novembro recorreu ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, e ficou internado para se submeter a tratamento. O resultado da análise laboratorial evidencia uma anomalia da função hepática. No exame físico efectuado no hospital foi detectada uma escara no extremo da vértebra esquerda e o quadro clínico preliminar indicava a suspeição de doença tsutsugamushi. Os Serviços de Saúde enviaram a amostra de sangue do doente ao Centro Laboratorial de Hong Kong para a confirmação mais pormenorizada e este Centro confirmou no dia 18 de Dezembro a doença tsutsugamushi. O doente não tem história de viagem, pelo que é classificado como caso de infecção local. O mesmo ficou curado e teve alta no dia 2 de Dezembro. Até ao presente momento, a família e os colegas do doente não apresentaram sintomas similares. Habitualmente o doente faz caminhadas na montanha, e uma semana antes do aparecimento de sintomas, tinha feito a caminhada no circuito de manutenção de Coloane e ficado ferido ao raspar nos ramos do arbusto. A doença tsutsugamuchi é uma doença infecto-contagiosa aguda provocada pela picada das larvas portadoras de Rickettsia tsutsugamushi. Os roedores (ratos) que frequentam as selvas com temperatura e humidade elevadas, cobertas de ervas constituem o hospedeiro natural e o reservatório de Rickettsis tsutsugamushi. As larvas de Rickettsia parasitam nos ratos e estes ficam infectados. Caso os indivíduos sejam picados pelas larvas portadoras de Rickettsia tsutsugamushi que frequentam as selvas podem ficar doentes. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e exantema, e com característica especial o local onde foi picado pela larva vai formar uma escara indolor com um buraco no meio. Até ao presente momento, não existe vacina eficaz para prevenir a mesma, e a administração de antibióticos constitui o tratamento mais eficaz. Os Serviços de Saúde apelam os cidadãos para tomarem as seguintes medidas para protecção da saúde quando realizam actividades ao ar livre:
 Eliminar as ervas, reduzindo o habitat e a densidade de Rickettsia.
 Relativamente à protecção, não deve entrar na zona de arbustos quando der um passeio ar livre ou estiver a trabalhar.
 Caso tenha acesso às zonas de risco, deve usar vestuário de protecção como roupas com mangas compridas, calças compridas, botas altas, luvas, entre outros.
 Aplicar repelente anti-mosquito contendo DEET no vestuário e nas partes expostas, evitando picadas de mosquitos e insectos de rickettsia.
 Ao sair da região afectada, deve tomar banho e substituir todo o vestuário.
 Fazer o trabalho de desratização.
 Caso tenha sintomas de febre deve recorrer imediatamente ao médico para tratamento.