A epidemia de Ébola que ocorre nas regiões de África Ocidental ainda não está sob controlo tendo inclusive havido um caso ocorrido nos EUA, e registo de infecções de profissionais de saúde ocorridas em Espanha e nos EUA. De acordo com estes novos elementos e tendo em conta as informações mais recentes os Serviços de Saúde procederam à revisão dos programas e das medidas preventivas caso haja a necessidade de enfrentar a situação em Macau.
De acordo com os dados disponíveis a Organização Mundial de Saúde (OMS) registou até ao dia 17 de Outubro, em todo o mundo, 9191 casos de infecção pelo vírus Ébola, dos quais resultaram 4546 mortes. Os países da África Ocidental afectados abrangem o Guiné Conacri, a Libéria, Serra Leoa e o Lagos da Nigéria, EUA e Espanha. Esta situação, em particular aquelas que ocorreram nos EUA e na Europa reflectem o grau de perigosidade e risco de propagação da doença em países que possuem as instalações médicas mais avançadas no mundo.
Neste contexto os Serviços de Saúde salientam que o Governo da RAEM considerou a protecção dos seus cidadãos como a principal prioridade e desde a primeira notificação da OMS, que os Serviços de Saúde têm prestado atenção ao desenvolvimento de epidemia, em conformidade com as orientações da OMS e o desenvolvimento epidemiológico, melhorando os programas e as medidas de resposta, e divulgando mensagens de prevenção e protecção de forma oportuna aos cidadãos e todos os sectores sociais.
Assim, os especialistas da Comissão de Higiene Hospitalar e Controlo de Infecção do Centro Hospitalar Conde de São Januário estão a analisar os dados de infecção dos profissionais de saúde da Espanha e dos EUA, tendo procedido à revisão das orientações de controlo de infecção e actualizado o plano de formação dos profissionais de saúde. Mesmo sendo conhecido que Macau não possuiu contacto directo com os países onde ocorre a epidemia do vírus Ébola e admitido que o risco de infecção, em Macau, é reduzido, não se pode excluir a probabilidade de existir uma eventual ocorrência eventual através de uma situação esporádica. Desta forma os planos de contingência, activados em 31 de Julho, continuam a ser eficazes, nomeadamente o processo de controlo do estado de saúde de indivíduos portadores de passaporte de três (3) países, nomeadamente, da Guiné, da Libéria e de Serra Leoa que pretendam entrar em Macau, tendo abrangido os da Nigéria de acordo com a gravidade da epidemia. Também foram elaboradas orientações de prevenção e realizadas sessões de esclarecimento para diferentes destinatários de modo a que em caso de necessidade todos os sectores conheçam e saibam tomar tomar as medidas adequadas de prevenção de epidemia. Aliás a Unidade de isolamento dos Serviços de Saúde serve, de modo seguro, para prestar todos os cuidados dos portadores do vírus Ébola, tendo sido preparados dispositivos de protecção que sejam necessários pelo menos durante três meses. CUIDADOS A TER EM CASO DE VIAGEM
Os Serviços de Saúde apelam mais uma vez aos cidadãos que, antes de deslocarem à Guiné Conacri, à Libéria, a Serra Leoa e ao Lagos da Nigéria, devem proceder à avaliação cuidadosa das reais necessidade, cancelando ou adiando as viagens desnecessárias. Em caso de permanecerem nas regiões afectadas, devem prestar atenção à higiene individual e ambiental, lavar com frequência as mãos seguindo os procedimentos correctos, evitando ao máximo ter contacto com animais, não comer carne que não esteja totalmente cozida, consumir as frutas e vegetais descascados e limpos. Caso não seja estritamente necessário devem abster-se de entrar em hospitais ou efectuar visitas a famílias que possam ser consideradas de risco. Ao mesmo tempo, evite contactar com o doente suspeito e o seu sangue ou fluidos corporais, assim como com os produtos que pode ter contacto com o sangue ou fluidos corporais do doente suspeito; caso contacte inadvertidamente com o sangue ou fluidos de pessoas doentes doente, lave de imediato as mãos e contacte com um médico. Caso tenha viajado para as zonas de risco e se notar sintomas de febre, diarreia, vómitos, erupção ou sangramento num espaço de 21 dias após o regresso deve imediatamente recorrer ao médico, informando-o sobre o percurso da sua viagem.
Em caso de dúvidas, podem ligar para a linha aberta de informações das doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde, através de número 28 700 800.