O Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, em declarações prestadas este domingo, 1 de Fevereiro aos órgãos de Comunicação Social afirmou que, de acordo com a monitorização que os Serviços de Saúde estão a efectuar à gripe há evidências que o vírus influenza está muito activo na RAEM mas felizmente não existem casos graves. O Laboratório de Saúde Pública no período compreendido entre 01 de Janeiro e 30 de Janeiro de 2015 realizou testes a 135 amostras, das quais 7 reagiram positivamente à presença do vírus influenza A H3N2. O Diretor dos Serviços de Saúde reforçou a ideia que os Serviços de Saúde dispõem suficientemente vacinas e medicamentos dando como exemplo a encomenda de 107 mil doses de vacinas contra a gripe sazonal do Inverno, um investimento de cerca de 60.000,00 MOP e que desde o passado dia 22 de Setembro do ano passado tem estado a ser aplicada aos grupos de alto risco. Até ao momento já foram administradas cerca de 76 mil doses da vacina contra a gripe, sendo que esta poderá servir para cerca de 15% a 20% dos residentes de Macau. No entanto, refira-se, que o efeito de protecção da vacina contra a gripe H3N2 é baixa, contudo é eficaz na prevenção de outros vírus de influenza além de reduzir sintomas resultantes de uma eventual contimação pela Gripe. Convém, também, recordar que o efeito de protecção contra a gripe só é conseguido, pelo menos, 3 semanas após a administração da vacina, sendd por isso necessária uma particular atenção aos grupos de risco, havendo o apelo para que estes procedam à vacinação no mais curto espaço de tempo possível. O Dr. Lei Chin Ion salientou, também, que caso apareçam novas vacinas no mercado os Serviços de Saúde vão proceder à sua aquisição com vista a protecção da saúde dos cidadãos. Número de pessoas que recorreram às instituições subsidiadas aumentou Desde a entrada em vigor no passado dia 29 de Janeiro das medidas que visam reduzir as filas de espera, nomeadamente a possibilidade das pessoas poderem recorrer a consultas médicas em entidades médicas sem fins, o Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, afirmou até houve registo de um ligeiro aumento do número de pessoas que recorreram a consulta médicas nestas instituições. Acrescentou que o número de pessoas que recorreram às consultas no Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário manteve-se estável, pelo que serão necessários mais alguns dias até que seja possível saber o impacto da implementação, nestes serviços, das novas medidas. Os Serviços de Saúde vão manter uma rigorosa monitorização da aplicação destas medidas, bem como vão manter uma estreita comunicação com as entidades médicas sem fins lucrativos. Acresce que os utentes do Serviços podem, também agora, através de uma aplicação para telemóveis - "Plataforma de Dados da Saúde", podem saber a real situação das listas de espera nos diversos Serviços de Saúde e decidirem qual a entidade mais perto e com menos utentes para a consulta médica. As informações também estão disponíveis através de consulta da página electrónica dos Serviços de Saúde, nos monitores electrónicos colocados nas instituições médicas ou através da Linha "hotline" ( 24 horas)- Tel.: 2831 3731. O Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion frisou, também, que estas medidas visam reduzir as filas de espera nos Serviços de Saúde dando a possibilidade às pessoas pertencem ao grupo de doentes não urgentes possam optar pelas entidades médicas sem fins lucrativos, que participam nestes medidas e que são capazes de enfrentar este tipo de doentes, libertando a pressão que é exercida sobre o Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Esta é uma medida que o Governo da RAEM, a par da atribuição dos vales de saúde, concretizou para promover o regime de medicina familiar, dando a possibilidade dos cidadãos recorrerem às unidades privadas de saúde que aderiram ao plano, para obterem cuidados de saúde. Os Serviços de Saúde acreditam que estas medidas possam permitir um desenvolvimento equilibrado entre as entidades médicas sem fins lucrativos e as unidades privadas de saúde.
Relativamente à questões que questionam se os trabalhadores da função pública podem ou não apresentar atestados médicos emitidos pelas entidades médicas sem fins lucrativos para justificar a falta por doença, os Serviços de Saúde afirmam que de acordo com as disposições do Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública de Macau (ETAPM) e demais disposições os trabalhadores da função pública podem justificar as suas faltas por doença apresentando um atestado médico emitido não só pelas entidades médicas públicas, mas também pelos hospitais não públicos de Macau. Centro Hospitalar Conde de São Januário dispõe de pessoal suficiente para tratar dos doentes com canco Nos últimos dez anos o cancro constituiu a primeira causa de morte dos residentes de Macau, em especial foi a causa de morte em pessoas com a idade entre os 40 e 50 anos de idade. Nos residentes de Macau, em especial nos homens, o cancro pulmonar, cancro hepático e cancro do intestino grosso constituíram a causa essencial da sua morte. Já relativamente aos residentes do sexo feminino, as causas da morte mais relevantes são o cancro pulmonar, cancro do intestino grosso e o cancro da mama. Neste contexto os Serviços de Saúde vão implementar um projecto piloto, que terá início em 2016, sobre a pesquisa da saúde da população de Macau e compreendendo os essenciais problemas de saúde e os factores de influência dos residentes de Macau. Ainda em 2015 os Serviços de Saúde darão início a um programa piloto de despistagem de cancro do intestino grosso com vista à detecção precoce de doentes com este tipo de doença. Saliente-se que o Centro Hospitalar Conde de São Januário dispõe de pessoal suficiente para tratar doentes com cancro. Actualmente o Serviço de Oncologia do CHCSJ dispõe de dois médicos locais, 1 médico proveniente dos Estados Unidos da América e 1 médico proveniente do Interior da China. No que se refere ao Serviço de Hematologia que também acompanha, parte dos doentes com cancro, estão disponíveis neste serviço 4 médicos locais e 1 médico proveniente de Portugal. Convém referir que os Serviços de Pneumologia, de Medicina Interna, de Ginecologia, de Pediatria também tratam dos doentes com cancro. Contudo, os Serviços de Saúde garantem, que caso haja necessidade de substituir os médicos recrutados ao exterior, os doentes serão progressivamente transferidos para os novos médicos que organizarão as consultas dos doentes consoante o estado de saúde dos mesmos. Mas, dependendo do estado de saúde, poderá ser aplicada, aos doentes, o regime de envio de doentes para o exterior, para consulta médica, pelo que o tratamento dos doentes não vão será influenciado, estando garantido o tratamento oportuno e adequado.
