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Primeiro caso importado da doença do vírus Zika detectado na China Os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para continuarem a tomar as medidas preventivas de combate a esta doença transmissível


Os Serviços de Saúde foram notificados no passado dia 9 de Fevereiro, pela Comissão Nacional de Saúde e de Planeamento Familiar da República Popular da China de detecção do primeiro caso importado de infecção pelo vírus de Zika na China. De acordo com a notificação, o doente em apreço, do sexo masculino, de 34 anos de idade, natural do distrito Gan da Cidade Ganzhou da Província Jiangxi, funcionário duma empresa localizada na Cidade Dongguan, Província de Guangdong, e na sua história epidemiológica teve uma viagem à Venezuela (país onde ocorreram surtos do vírus Zika) antes da manifestação da doença. No passado dia 28 de Janeiro, o doente manifestou os sintomas de febre, vertigem e dor de cabeça na Venezuela e recorreu à consulta de um hospital local. No dia 3 de Fevereiro, o doente deslocou-se da Venezuela a Hong Kong de avião e de Hong Kong a Shenzhen, China, por embarcação. No dia 5 de Fevereiro chegou à Cidade Ganzhou da Província Jiangxi e em 6 de Fevereiro, baixou a um hospital na Cidade de Ganzhou para tratamento médico. No dia 8 de Fevereiro, o Departamento de Saúde e Planeamento Familiar da Província Jiangxi, após avaliados a história epidemiológica e as manifestações clínicas do doente, bem como os resultados obtidos das análises realizadas pelo laboratório local, classificou este caso como um caso suspeito de infecção pelo vírus Zika. No dia 9 de Fevereiro, tendo avaliado a história epidemiológica e as manifestações clínicas do doente, os resultados obtidos das análises realizadas às amostras do doente pelo Centro Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças, o grupo de especialistas da Comissão Nacional de Saúde e Planeamento Familiar confirmou que este caso foi o primeiro caso importado de infecção pelo vírus Zika na China. Actualmente, o doente apresenta melhoria significativa no estado clínico. O Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da China e o Departamento de Saúde e Planeamento Familiar da Província de Jiangxi, respectivamente, preparou os especialistas para procederem a uma avaliação dos eventuais riscos de propagação desta doença com a ocorrência do caso importado e consideram que a doença do vírus Zika é uma doença transmitida por mosquitos, principalmente através da picada de Aede. A Província Jiangxi não pertence às áreas principais de distribuição geográfica de Aedes e recentemente, a temperatura recente da Província Guangdong tem sido baixa, por isso, o Aedes ainda não entrou no período activo de actividade e, portanto, o risco de proliferação e alargamento provocado por este caso importado é extremamente baixo. O Comité de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial da Saúde anunciou segunda-feira, 01 de Fevereiro, que a proliferação da Doença do Vírus Zika constituí um caso de "emergência de saúde pública internacional". Tendo em conta o aparecimento de vírus Zika no Brasil, há uma disseminação rápida na América Latina, nas Caraíbas e na América Central; por outro lado, existiu um grande movimento de pessoas entre os Estados Unidos da América e os países afectados e, quando as pessoas infectadas regressaram aos Estados Unidos da América, é muito provável que isso cause uma grande disseminação local e, consequentemente, o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos da América anunciou no passado dia 8 de Fevereiro, que o conjunto de medidas de contingência foi ser aumentada para as da classe mais elevada, de modo a reforçar a mobilização de recursos no trabalho de resposta à sua ocorrência nos Estados Unidos da América e na prestação da assistência técnica a todos os países da América. Macau está lónge da América Latina e o movimento de população entre dois territórios não é tão frequente, mas, em caso de uma pessoa infectada pelo vírus chegue a Macau, é possível constituir os riscos da disseminação, pelo que os Serviços de Saúde de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, irão adoptar um conjunto de medidas que visam reforçar a vigilância e os planos de contingência relativos à doença do vírus Zika e as eventuais complicações que possam ocorrer: (1) Reforço na vigilância, incluindo: Prestar estreita atenção à situação epidemiológica dos diversos países e regiões, no sentido de adoptar medidas de prevenção e controlo adequadas; Criar capacidade de realizar testes laboratoriais e conservar suficientemente reagentes para testes; Apelar aos médicos e pessoal clínico para prestar atenção aos indivíduos que tenham efectuado viagens e apresentem sintomas suspeitos e em caso de necessidade realizar testes; Ser aprovada pelo Conselho Executivo a proposta de lei para incluir a Doença do vírus Zika na lista de doenças transmissíveis; Reforçar a vigilância da microcefalia e síndrome de Guillain-Barre em conformidade com as orientações da Organização Mundial da Saúde; estudar a realização da pesquisa serológica dos grupos de indivíduos. (2) Reforço a colaboração inter-regional: Com o intuito de reforçar a colaboração entre as três regiões na capacidade de contingência da doença do vírus Zika, os Serviços de Saúde de Macau, da Província de Guangdong e de Hong Kong decidiram na passada segunda-feira, 1 de Fevereiro intensificar a comunicação sobre a epidemia e a colaboração quanto à contingência; No futuro, os Serviços de Saúde continuarão a manter uma comunicação estreita e cooperação com a Organização Mundial de Saúde e as entidades competentes dos territórios vizinhos. (3) Reforço na comunicação relativa ao risco: Os Serviços de Saúde vão adoptar uma série de medidas de divulgação, incluindo o reforço da educação e divulgação dos cidadãos, através de diferentes vias, como meios de comunicação de massa e agências de viagem. (4) Reforço no controlo e prevenção da epidemia: A partir de Março de 2016 em colaboração com o Instituto de Assuntos Cívicos e Municipais serão realizadas divulgações e trabalhos de eliminação de mosquitos. Apelando os cidadãos para prestar atenção à eliminação das águas estagnadas e terem atenção à própria protecção de modo a evitar picadas pelos mosquitos. (5) Suspensão de doação de sangue pelos indivíduos provenientes das áreas de epidemia: Os Serviços de Saúde anunciaram que para protecção de segurança de sangue, a partir do passados dia 5 de Fevereiro, o Centro de Transfusões de Sangue suspendeu a aceitação de dádiva de sangue pelos indivíduos que habitaram ou visitaram os países ou territórios de América Central e América do Sul, os quais estão a ser afectados pelo vírus de Zika, pelo período de 4 semanas, contadas a partir da data de chegada em Macau de 28 dias. Os Serviços de Saúde recomendaram que os residentes locais devam aplicar as medidas para prevenção de infecção pelo vírus de Zika: As grávidas ou as mulheres com intenção de engravidar devem evitar temporariamente deslocações às regiões afectadas; Os cidadãos que viagem para regiões afectadas devem adoptar diversas medidas anti-mosquitos, incluindo: vestir roupa e calças compridas e de cor clara, colocar repelente anti-mosquito nas partes do corpo expostas e ficarem alojados em instalações com ar condicionado ou que possuam equipamentos anti-mosquitos; Os indivíduos que tenham viajado devem ainda aplicar rigorosamente as medidas preventivas de mosquitos 28 dias contados a partir do regresso para Macau; Caso identifique sintomas suspeitos de vírus Zika como febre, erupção cutânea, entre outros que possam estar relacionados com picadas de mosquitos devem, de imediato, recorrer ao médico e informando o médico a história de viagem; Os indivíduos que tenham viajado para a America Central e a América do Sul não devem doar sangue temporariamente.



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