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Serviços de Saúde: Diagnosticados 3 novos casos de sarampo


Os Serviços de Saúde foram hoje notificados para o diagnóstico de mais três (3) casos de sarampo, dois deles relacionados com sarampo importado e um (1) caso a fonte de infecção ainda está aser investigada. Estes três doentes estão internados nas enfermarias de isolamento do Centro Clínico da Saúde Pública dos Serviços de Saúde.

Desde o inicio de 2019 já foram diagnosticados em Macau 19 casos de sarampo: sete (7) casos importados; 11 casos relacionados com sarampo importado e um (1) caso ainda em investigação.

De acordo com a investigação epidemiológica a estes casos os dois casos relacionados com sarampo importado foram diagnosticados a dois internos gerais do Hospital Kiang Wu, com 25e 26 anos de idade. Ambos trabalharam na noite do dia 7 de Março e prestaram serviço na enfermaria onde se encontrava internado um paciente com sarampo importado.

Os sintomas de sarampo manifestaram-se em ambos doentes no dia 21 de Março. No dia 23 de Março foram realizadas análises ao sangue e os resultados aos testes laboratoriais IgM e PCR foram positivos para sarampo. Estes doentes nasceram em Macau e foram vacinados com 2 doses da vacina contra o sarampo. O estado cliníco de ambos é considerado estável. De acordo com o historial de contacto e o tempo de início de doença, esses dois casos foram classificados como casos importados relacionados com sarampo. Os familiares destes doentes não apresentaram até ao momento qualquer sintoma. Um dos doentes após a manifestação de sintomas de febre foi trabalhar, no dia 21 de Março, o outro não trabalhou.

O terceiro caso diagnosticado é um residente de Macau, com 30 anos de idade, empregado do Venetian Macao Hotel Resort. No dia 21 de Março manifestou febre e no dia 23 os sintomas agravaram-se apresentando erupção cutânea na cabeça e no rosto. Na madrugada do dia 24 de Março, após o trabalho, foi transportado de carro pelos seus colegas para o posto de urgência da ilha do Centro Hospitalar Conde de São Januário onde foi tratado. Nesse mesmo dia, 24 de Março, as amostras de esfregaço nasofaríngeo para o teste laboratorial de IgM e PCR contra sarampo foram positivas. Este doente é natural de Macau e foi vacinado com duas (2) doses de sarampo.

Os Serviços de Saúde estão a investigar a fonte infecção de sarampo. O doente está em isolamento no Centro Clínico da Saúde Pública. Os familiares não apresentaram qualquer sintoma semelhante, contudo como após a manifestação de sintomas de febre o doente foi trabalhar os Serviços de Saúde estão acompanhar todas as pessoas que ele contactou durante esse período.

Relativamente à situação do Hospital Kiang Wu até ao momento a pesquisa epidemiológica já detectou sete (7) profissionais de saúde (3 médicos, 3 enfermeiros, 1 auxiliar de enfermagem) e duas (2) outras pessoas infectadas com sarampo, todas devido a exposição a um mesmo caso de sarampo importado ( 5º caso diagnosticado em 2019). A situação é já considerada como caso de infecção colectiva, não está descartada a possibilidade de ocorrerem mais casos. Os Serviços de Saúde têm solicitado ao Hospital Kiang Wu que reforçe e implemente de forma rigorosa medidas de controlo de infecção e organize a vacinação para os profissionais de saúde que não se vacinaram.

De forma urgente os Serviços de Saúde determinaram a administração da vacina anti-sarampo às pessoas que tiveram próximo contacto com os pacientes confirmados. Está, também, a ser efectuado um acompanhamento clínico das pessoas que estiveram em contacto com os pacientes antes e após o início de sintomas da doença.

A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a infecção do sarampo, contudo, existem relatórios clínicos que enumeram a existência de casos re-infecção mesmo após a vacinação efectiva, em diversas zonas do mundo. No entanto estes pacientes apresentam sintomas ligeiros e com baixa contagiosidade, situação que é semelhante com a dos casos registados nos últimos dias em Macau.

A este propósito o director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, em declarações aos meios de comunicação social que os casos mais recentese em Macau, em particular os casos relacionados com sarampo importado não são ‘terceiras infecções’. Ou seja, todos os casos diagnosticados naquele hospital e apesar de ser já considerada uma infecção colectiva, decorrem do contacto com o paciente indicador ( 5º caso importado de 2019). O paciente indicador já teve alta após tratamento. Também é importante fazer notar que os sintomas que se manifestaram nas outras pessoas foram mais ligeiros, ou seja, não são considerados graves.

O director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, a propósito da situação epidémica nas regiões vizinhas divulgou que os Serviços de Saúde, o ano passado, administraram vacinas anti-sarampo aos trabalhadores da companhia aérea de Macau – Air Macau- e forneceram vacinas aos profissionais de saúde do Hospital Kiang Wu.

Para o director dos Serviços de Saúde o aparecimento de casos em Macau é uma situação perfeitamente normal atendendo à situação epidémica de sarampo das regiões vizinhas onde se inclui o Interior da China, o sudeste da Ásia, o sul da Ásia e a Europa e decorrente do facto da RAEM ser uma cidade altamente turística, tornando-se difícil suster infecções devido à elevada contagiosidade do vírus. Aliás esta é uma das razões da inevitabilidade das infecções dos profissionais de saúde. Há uma forte possibilidade de ocorrerem mais situações idênticas no futuro.

O Director dos Serviços de Saúde reforçou, também, o apelo aos aos profissionais de saúde, às instituições médicas, ao público e aos pais de bebés que não foram vacinados contra o sarampo que devem tomar fortes precauções, devem usar máscaras ao entrar e sair de hospital, recomendando que só frequentem os hospitais em casos de extrema necessidade. Caso ocorram algum contacto com pacientes com sintomas do sarampo, deve recorrer ao médico de imediato, ou deve administrar nas entidades de saúde a vacina contra o sarampo dentro de 72 horas, após o contacto, para controlar as condições epidémicas.

O Sarampo é uma doença transmissível aguda por tracto respiratório, causada pelo vírus do sarampo, as vias de transmissão são as gotículas de saliva expelidas, podendo, todavia, ainda ser transmitidas por contacto directo com as secreções infectadas e objectos contaminados de doentes. De um modo geral, o período de incubação é de 7 a 18 dias, podendo ocorrer um período mais longo de 21 dias. O período de transmissão é de 4 dias antes do aparecimento de exantemas e pode continuar por mais de quatro dias até ao seu desaparecimento. Os principais sintomas são febre prodrómica (superior a 38ºC), mancha bucal (Koplik spot), exantema manuculopapular generalizado, conjuntivite, tosse e corrimento nasal. Em geral, o exantema maculopapular aparece três dias após a ocorrência de sintomas. A face e atrás das orelhas são o local de início do exantema, que afecta depois o pescoço, o corpo, os quatro membros e no fim, palma das mãos e planta dos pés, com a duração de 4 a 7 dias e, ao desaparecer, há fragmentos de pele e sedimentos.

O sarampo é altamente contagioso, sendo uma doença muito comum em crianças na época com baixa taxa de cobertura vacinal.

O sarampo é uma doença auto-limitante, sendo a maioria dos sintomas considerados ligeiros. Não havendo nenhum tratamento específico, o Sarampo pode causar complicações como encefalite, pneumonia. A taxa de mortalidade é de 1/1000 a 1/100.

Para proteger a saúde das crianças, os Serviços de Saúde apelam aos pais para que cumpram o Programa de Vacinação da RAEM, levando os seus filhos periodicamente para vacinação, chamando a atenção do público para:

  1. A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a infecção do sarampo. Todas as crianças devem receber duas doses de vacinas, para efeito completo de imunidade, contra o sarampo, após o 1.º aniversário;
  2. Não viaje com crianças que não tenham completa imunidade para viajar ao exterior ou para lugares lotados com visitantes;
  3. As pessoas que cuidam de bebés e crianças, como cuidadores domésticos e trabalhadores de creches devem ser vacinados contra o sarampo;
  4. Peste atenção à cortesia do tracto respiratório, não toque nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos;
  5. Pessoas imuno-comprometidas devem evitar deslocar-se aos locais lotados ou instituições médicas;
  6. Caso apareçam sintomas suspeitos, devem usar máscara e recorrer à consulta médica.

Caso tenham dúvidas, os residentes podem ter acesso à página electrónica dos Serviços de Saúde (http://www.ssm.gov.mo) ou ligar para a linha verde n.o28700 800.



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