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253 dias consecutivos sem casos de COVID-19 em Macau | Aquisição de vacinas em Macau tem como grande princípio a segurança e eficácia

Conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

O médico adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário (CHCSJ), Dr. Alvis Lo Iek Long, fez nota que, até ao dia 7 de Dezembro, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 253 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo indivíduos infectados assintomáticos). Já passaram 164 dias sem diagnóstico de casos importados. Macau diagnosticou, até à data, quarenta e seis (46) casos, dos quais, quarenta e quatro (44) são casos importados e só dois (2) são relativos a casos importados. Quarenta e seis (46) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.

Nos últimos sete (7) dias – 30 de Novembro a 6 de Dezembro - foram testadas em Macau 97 216 pessoas. Entre o dia 30 de Novembro e o dia 6 de Dezembro foram submetidos a observação médica 807 indivíduos.

No total, até ao dia 6 de Dezembro, foram enviados para a observação médica 20.376 indivíduos. Há, ainda, 1492 indivíduos em observação médica, dos quais 1490 em hotéis designados e 2 em instalação dos Serviços de Saúde.

No que diz respeito à eficácia, ao andamento dos trabalhos de aquisição da vacina que previna a COVID-19 bem como ao futuro planeamento da sua administração, o Dr. Alvis Lo Iek Long referiu que o Governo da RAEM está em permanente contacto com diversos produtores, tanto do Interior da China como no exterior, relativamente à compra de vacinas, a fim de garantir a segurança e a eficácia das vacinas para Macau. O Médico-adjunto afirmou que a programação específica de fornecimento de vacinas pode ser afectada por vários factores, incluindo os resultados dos estudos clínicos, sendo que, apesar de várias fábricas terem realizado o terceiro teste clínico e de algumas já terem publicados relatórios preliminares, o relatório final ainda não foi publicado em nenhuma publicação cientifica, nem foi ainda revisto pelos pares, sendo que a segurança e a eficácia ainda necessitam de tempo para a verificação.

Em segundo lugar, as instituições de regulação das vacinas possuem diferentes procedimentos de avaliação e autorização, em resposta à gravidade da situação epidémica. Alguns países permitem autorizações de emergência de vacinas e as vacinas são administradas principalmente a pessoas de alto risco ou com necessidades especiais, em outros locais, para que as autoridades autorizem a entrada das vacinas no mercado, o é necessário um longo processo e tempo de aprovação de vacinas o que retarda a entrada no mercado, sendo que a natureza das duas vias não idêntica. O Dr. Alvis Lo adiantou que, com a actual situação epidémica de Macau, não é necessário que seja autorizada administração urgente da vacina. No que diz respeito à quantidade e calendário de aquisição de vacinas, o médico adjunto do CHCSJ explicou que o Governo da RAEM assinou acordos de confidencialidade com diferentes laboratórios relacionados com negociações comerciais, por isso, não é conveniente divulgar os pormenores. Espera-se que os cidadãos compreendam a situação.

Alvis Lo sublinhou que a introdução de vacinas por parte do Governo da RAEM terá como grande princípio a sua segurança e a eficácia, e que a vacinação terá como pressuposto a voluntariedade. No futuro, a distribuição das primeiras vacinas terá de ser ajustada de acordo com a quantidades fornecida. Conforme a situação actual de Macau, será dada prioridade à vacinação dos trabalhadores da linha da frente, incluindo os profissionais de saúde, bombeiros, polícia ou residentes com necessidade de deslocação a países estrangeiros. O médico ainda explicou os princípios das três vias técnicas para a produção de vacinas, incluindo: vacinas inactivadas, vacinas de vector viral linear e vacinas mRNA tendo destacado que essas três vacinas actualmente já quase concluíram os dados de pesquisa clínica apesar de serem, ainda, necessários mais estudos académicos e verificações científicas. As vacinas que encomendadas já incluem as três vias técnicas acima.

Na sequência de uma pergunta sobre se a vacinação terá influência na cor do Código de Saúde o Dr. Alvis Lo afirmou que o Governo da RAEM não tem planos definidos, por enquanto.

Quanto às medidas específicas de prevenção e controlo à epidemia divididas por categorias e zonas, o médico explicou que o Governo da RAEM tem mantido a comunicação estreita com a China no âmbito da prevenção e controlo conjunto, isto permite que a RAEM retome, gradualmente, o normal funcionamento das fronteiras entre Macau e Interior da China. Futuramente, se houver casos esporádicos nas comunidades de Macau e, não estiverem implementadas medidas de prevenção eficazes será necessário implementar o mecanismo de interrupção que se envolve toda a sociedade de Macau.

O Dr. Alvis Lo ressaltou que a prevenção epidémica dividida por categorias e zonas é uma sugestão do Governo da RAEM, porque é benéfica aos residentes de Macau. Principalmente, se houver casos esporádicos ou epidemias de pequena escala em Macau, não será classificada a região de risco médio, de modo a evitar que todos os residentes de Macau não possam entrar no Interior da China.

As 30 zonas divididas são baseadas nos 25 distritos definidos durante os Intercensos de Macau 2016 e, em seguida, as zonas mais populosas ou as zonas mais afastadas são divididas em dois distritos.

Tudo isto apenas é um princípio geral. O controlo concreto pelas autoridades depende das vários factores, tais como casos concretos, escala de surto, situação epidémica em Macau, investigações epidemiológicas, entre outros, sendo ainda difícil generalizar este assunto.

O objectivo mais importante destas medidas é minimizar o impacto que possa ser causado com as restrições dos residentes, e também é proteger a segurança de toda a sociedade de Macau.

Sobre as medidas referentes à entrada de estrangeiros que se encontram no Interior da China, o médico divulgou que foram recebidos 139 pedidos (até as 13h00 do dia 7 de Dezembro), que abrangem 158 indivíduos, 20 dos quais foram autorizados; 11 indivíduos foram recusados devido a não preencherem as condições necessárias. Os demais pedidos estão a ser apreciados ou se encontram numa situação de pedidos complementares de documentos.

O horário de funcionamento de todos os postos de teste viral de acido nucleio, de momento, não será alargado.

Por fim, quanto às actividades de passagem de Ano por instituições privadas, o Dr. Alvis Lo explicou que após o surto epidémico, foram definidas, para a maioria dos tipos de actividades, diretrizes antiepidémicas disponíveis para download na página exclusiva do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, daí diferentes organizações possam implementar medidas de prevenção de epidemias, segundo as diretrizes, a fim de garantir a segurança da comunidade.

A Chefe da divisão da Direcção dos Serviços de Turismo, Dra. Lau Fong Chi reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados. Desde o dia 6 de Dezembro, o Resort Grande Coloane passou a incluir a lista de hotéis designados para observação médica, com a disponibilidade de 200 quartos, devido ao aumento de pessoas necessárias de observação médica. O chefe da Divisão de Ligações Públicas, Lei Tak Fai, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau, entre outros.

Estiveram presentes na conferência de imprensa o médico adjunto da Direcção do CHCSJ, Dr. Lo Iek Long, o Chefe da Divisão de Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Lei Tak Fai, e a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi.

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