Chefe do Executivo, Edmund Ho, em visita ao Vietname referiu hoje (9 de Outubro) que Macau e aquele país deram os primeiros passos na cooperação diversificada e global em vários sectores, especialmente, na área dos assuntos laborais que se reveste de grande optimismo. Edmund Ho, teve encontros com o primeiro-ministro do Vietname, Nguyen Tan Dzung, vice-primeiro-ministro e ministro de Negócios Estrangeiros, Pham Gia Khiem, e com o vice-presidente da Assembleia Nacional da República Socialista do Vietname, Nguyen Van Yeu. Edmund Ho disse, quando interpelado pelos jornalistas, que esta visita ao Vietname, que integra uma série de actividades oficiais, serviu para abrir um novo caminho para a cooperação entre Macau e aquele país, e que as relações entre a RAEM e o Vietname são parte integrante da cooperação das relações diplomáticas entre a China e aquele país. Adiantou ter-se chegado acordo nas seguintes seis áreas de cooperação comércio, investimento, assuntos laborais, turismo, educação e cultura. Disse acreditar que a cooperação nestas áreas é bastante pragmática, e que podem complementar as vantagens dos dois territórios e, consequentemente, dar mais um passo na concretização do importante papel de Macau como plataforma. Referiu que esta visita conseguiu que a cooperação entre ambas as partes tenha caminhado na direcção da diversificação a vários níveis. Revelou que a RAEM e o Vietname decidiram constituir, o mais breve possível, um grupo de trabalho para levar a bom porto a concretização da cooperação nas seis áreas acima mencionadas. Edmund Ho acrescentou que, com o desenvolvimento próspero da economia de Macau, o mercado laboral vai necessitar, no futuro, de quadros qualificados, e sendo o Vietname um país com uma população bastante jovem e com habilitações relativamente elevadas (85 milhões de habitantes, dos quais 95% tem ensino secundário ou superior e 70% com idade inferior a 30 anos), por essa razão podem ter-se previsões optimistas quanto à viabilidade da cooperação nos assuntos laborais. Entretanto, explicou ser necessário aguardar um estudo mais profundo para concretizar a cooperação na referida área, mas que isso vai depender das necessidades reais dos diferentes sectores de Macau. No entanto, Edmund Ho, reiterou que a governação das autoridades da RAEM sempre se pautou pelo preceito de garantia plena de emprego para as suas gentes. Mas lembrou que pelo facto do desenvolvimento de Macau ter por base a indústria do turismo, cada vez mais virada para o mundo, há necessidade de importar adequadamente quadros do sector de serviços de alta qualidade, provenientes de diferentes países e regiões. Concluindo que esta será uma estratégia global e directriz que o governo terá de seguir para o futuro mercado laboral.
