O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Edmund Ho, defendeu esta manhã (7 de Novembro) que, com esforço e trabalho conjunto do governo e comunidade cívica, as indústrias inovadoras culturais podem afirmar-se como parte integrante da diversificação económica e mais um passo para o desenvolvimento do território. Edmund Ho visitou hoje a freguesia de S. Lázaro e ouviu as opiniões de representantes do sector artístico e cultural sobre o desenvolvimento de indústrias inovadoras. O Chefe do Executivo indicou que as tendências da economia mundial e a experiência de regiões adjacentes permitem constatar as excelentes perspectivas, vitalidade e, comparativamente a outras áreas, melhores condições de desenvolvimento a curto e médio prazo das novas indústrias artísticas e culturais à entrada na nova fase de desenvolvimento económico de Macau. E, adiantou que o governo já iniciou um estudo profundo sobre o assunto mas ainda existe um longo caminho a percorrer para concretização dos objectivos, só plausível com uma planificação, distribuição e comparticipação adequada e conjunta do governo e da sociedade civil. O mesmo responsável destacou que, para desenvolver as indústrias inovadoras de formas sustentável, não basta o governo comprometer-se a apoiar com recursos e definição de pontos essenciais das políticas correspondentes nas linhas de acção governativa. A sociedade civil, por sua vez, tem também de contribuir com a sua própria iniciativa, sem ficar dependente somente das entidades oficiais. O universo das novas indústrias culturais e artísticas é complexo e variado, implicando mais do que uma disposição para resolver todas as questões inerentes, ou seja políticas minuciosas, objectivos claros, definição de prioridades, oportunidade e utilidade de atribuição de recursos e apoios, consoante as necessidades e realidade de cada um ou de todos os sectores, lembrou, afirmando que neste âmbito, “talvez o governo nem sempre possa responder aos anseios imediatos de todos. Não é uma questão de injustiça mas de prioridade, esperando-se por isso a tolerância e compreensão dos visados.” Entretanto, Edmund Ho falou ainda da necessidade de entrada de outras experiências e recursos humanos externos, para efectivação do processo de evolução e afirmação geral das indústrias culturais alternativas em Macau, como uma fase indispensável para o desenvolvimento urbano, cultural e artístico, bem como garantia da competitividade internacional e regional, devendo os sectores interessados e envolvidos partir para o futuro como uma visão mais alargada pois as novas indústrias acabarão por se transformar em indústrias de Macau, com benefícios para as suas gentes. E, indicou que a Freguesia de S. Lázaro pode ser considerada, eventualmente, como o ponto de partida para o desenvolvimento de novas formas culturais, lembrando que é necessário, contudo, ponderar quais as áreas a desenvolver, pontualmente, em sintonia com a realidade física, história e ambiente cultural, para maior garantia de efectiva dinamização cultural e revitalização da zona. O Chefe do Executivo respondeu ainda, relativamente às solicitações de espaços para actividades artísticas e culturais, que o governo tenta sempre satisfazê-las, o mais possível, de forma articulada, através dos serviços competentes. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Chui Sai On e representantes de serviços da tutela acompanharam os Chefe do Executivo na deslocação.