O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, disse hoje (19 de Outubro) que o governo vai iniciar o estudo sobre a constituição de um regime de reserva financeira, tendo sido já integrado no calendário da reforma administrativa 2007 – 2009. Ao ser interpelado pela comunicação social numa ocasião pública esta manhã, Francis Tam afirmou que “há cerca de um a dois anos a situação financeira não era tão positiva como actualmente, mas as previsões sobre as receitas para os próximos dois a três anos são bastante optimistas. Por isso, agora é o momento oportuno para se ponderar a criação de um regime de reserva financeira”. Relativamente às receitas do sector do jogo deste ano, o secretário respondeu que, de acordo com os dados estatísticos disponíveis, especialmente, dos últimos dois meses do terceiro trimestre do corrente ano, a subida das receitas vai manter-se. Acrescentou que, comparativamente ao período homólogo do ano passado, os primeiros nove meses de 2007 registaram um aumento de 40 por cento, ultrapassando já o total das receitas de 2006, prevendo-se que esta tendência de subida vá continuar até ao final de deste ano. Todavia, o mesmo responsável referiu “não ser apenas o sector do jogo que está registar estas alterações, mas também os sectores afins que geraram nova imagem na estrutura da indústria e da economia em geral de Macau. Por exemplo, esta edição da Feira Internacional de Macau demonstra que a indústria de convenções e exposições está a entrar numa nova fase de desenvolvimento e a junção de tudo isto irá lançar a economia de Macau num novo patamar de desenvolvimento”. Instado a comentar sobre a introdução por uma concessionária de jogo de nova parceria como estratégia, Francis Tam considera que tal demonstra haver diversificação de capitais neste sector. Adiantou que com a apresentação desta parceria por parte de uma concessionária de jogo, ficou a saber-se que vem da Europa com experiências e investimentos nas mais variadas áreas, indústria de entretenimento, venda a retalho, representante de marcas reconhecidas. Francis Tam disse que este tipo de parceria estratégica pode contribuir, verdadeiramente, para a diversificação da indústria do jogo, entretenimento e turismo de Macau, sendo benéfico para o desenvolvimento do sector de serviços do território. Explicou que este investimento terá de ser formalizado através de procedimento administrativo que implica a apreciação da capacidade do novo investidor, bem como é ainda necessário o aval da assembleia-geral da concessionária questão. Todavia, adiantou que tendo em conta a capacidade real desta parceria acredita-se que o processo vai decorrer sem sobressaltos. Referiu que, actualmente, das seis operadoras de jogo, cinco estão cotadas em bolsas, acreditando que no futuro todas elas acabarão por entrar na Bolsa. Concluiu dizendo que capitais do cidadão comum podem vir ocupar certa parcela do total do capital da empresa. Actualmente, a tendência da indústria comercial é a globalização, e quando a operadora de jogo pretende a cotação na bolsa tem de angariar mais capital para poder fazer mais investimento, o que é inevitável. Contudo, frisou “o governo precisa de fiscalizar quem é o maior accionista da empresa, e, no momento, estamos a verificar quem na realidade detém a gestão e o poder da exploração da empresa. O governo vai exigir que os requisitos dos operadores estejam em conformidade com os critérios básicos apresentados ao governo aquando da candidatura à exploração do jogo, e ao mesmo tempo estar a par da situação de gestão da empresa.