A consulta pública do Relatório de Estudo sobre o “Plano para Dez Anos dos Recursos Humanos de Enfermagem em Macau”, com a duração de 2 meses, terminou no dia 14 de Agosto de 2007. A Equipa de Consulta recebeu, na totalidade, 74 pareceres, entre os quais 72 foram de natureza individual (34 apresentados por correio electrónico e 38 por fax) e 2 foram apresentados pelas organizações profissionais de enfermagem. Durante o período da consulta, a Equipa responsável reuniu-se 7 vezes no sentido de organizar e analisar os trabalhos preparativos realizados na primeira fase da consulta e as opiniões recolhidas durante o mesmo período. Depois de analisadas as opiniões, o resultado revela que os diversos sectores de Macau basicamente concordam com ou não negam o facto de haver, localmente, falta de recursos humanos da área de enfermagem. Quanto às opiniões individuais, a maioria absoluta (92%) não está de acordo com a importação de enfermeiros profissionais e apenas 8% concorda com a importação dos mesmos, sob as seguintes condições : a importação deve ser de natureza temporária, só os lares podem importar enfermeiros assistentes e apenas as instituições cívicas podem importar enfermeiros. Outras opiniões consideram que, se for indispensável a importação de enfermeiros do exterior, o seu vencimento não deve ser inferior ao vencimento do pessoal de enfermagem do Governo. Quanto às opiniões das organizações profissionais, foram recebidos 2 pareceres escritos apresentados pelas 4 organizações profissionais de enfermagem, das quais 3 não concordam que o problema da insuficiência de recursos humanos de enfermagem seja resolvido através da importação de profissionais do exterior, enquanto que a 4ª. organização concorda com a importação em quantidade apropriada de enfermeiros profissionais, por um período de curta duração, no sentido de resolver os problemas mais urgentes, sublinhando contudo que essa importação deverá ser de natureza transitória e não poderá afectar as regalias, o vencimento e a promoção profissional dos enfermeiros locais. Relativamente à criação da “Comissão de Enfermeiros de Macau” ou da “Comissão Consultiva de Enfermeiros de Macau”, as 4 organizações de enfermagem manifestaram diferentes preferências : uma está de acordo com esta proposta e as restantes 3 organizações, embora não negam a importância do desenvolvimento profissional de enfermagem, consideram que neste momento não é oportuno para a fundação desta comissão. A maioria das opiniões está relacionada com a questão da “melhoria da situação de insuficiência de recursos humanos de enfermagem em Macau”, mas as entidades organizacionais e as entidades individuais, quer concordem com a importação condicional de enfermeiros (não residentes), quer discordem, estão de acordo unanimemente com a intensificação da formação dos enfermeiros locais, a elevação das regalias para os profissionais de enfermagem e o melhoramento do ambiente de trabalho, por forma a incentivar o moral dos enfermeiros em serviço e atrair a entrada de novos trabalhadores, resolvendo o problema de fundo de falta de profissionais de enfermagem. Para além disso, quer as participações individuais, quer as organizações, propõem diferentes medidas destinadas a resolver o problema actual de falta de mão-de-obra, nomeadamente, o prolongamento do horário semanal de trabalho dos enfermeiros e a contratação de enfermeiros aposentados. As opiniões emitidas pelos diversos sectores da sociedade, depois de organizadas pela Equipa de Consulta, já foram entregues ao serviço competente do Governo da Região Administrativa Especial de Macau para estudo.