De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1º trimestre de 2007, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas em Janeiro de 2007 era de 3,46 meses. Esse valor aumentou 20,6%, em relação ao trimestre anterior (2,87 meses) e 10,2%, em relação ao período homólogo do ano anterior (3,14meses). A carteira de encomendas com maior duração é detida pelo sector de “Vestuário e Confecção” (3,66 meses), seguindo-se os “Outros Sectores” (2,19 meses) e “Calçado” (1,49 meses). Das encomendas detidas, por mercados de destino, os EUA e a UE são os mercados mais favoráveis, seguindo-se o Canadá. Entretanto, os mercados de destino como a Austrália, Outro Países da Ásia Pacífico, América Latina, África, Médio Oriente e Outros Paíse da Europa, têm demonstrado comportamentos menos satisfatórios, com uma fraca carteira de encomendas. No contexto das perspectivas de evolução das exportações para os próximos seis meses, 30,3% das empresas antecipam uma situação favorável, aumentou 6,8 pontos percentuais, face ao verificado no trimestre anterior. Dos quais, 20,9% das empresas prevêem um ligeiro crescimento e 9,4% antecipam um forte aumento nas exportações. Entretanto, 47,2% prevêem uma situação de estagnação e, em contrapartida, 14,4% apontam para um ligeiro decréscimo e 8,2% um forte declínio para as exportações. No tocante ao mercado de trabalho, e em termos de mão-de-obra afecta ao sector industrial exportador, as empresas inquiridas observaram uma diminuição de 4,4% e 10,7%, face ao trimestre passado e ao período idêntico de 2006, respectivamente. De entre as quais, 68,2% afirmaram terem enfrentado uma maior “Insuficiência de Trabalhadores”, sendo um nível superior aos verificados quer no trimestre anterior (65,4%), quer no período homólogo de 2006 (63,2%), destacando-se o sector de “Vestuário e Confecção”, com uma representação de 70,1% no seio do mesmo. Com base nos resultados do Inquérito, no desempenho das actividades de exportação no trimestre em referência, as percentagens das empresas inquiridas que registaram dificuldades nos domínios de “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” e “Preços Elevados das Matérias-Primas” foram de 72,8% e 68,9%, respectivamente, existindo ainda outros factores problemáticos, tais como o de “Insuficiência de Trabalhadores” (65,1%), “Salários Elevados” (46,9%) e “Insuficiente Volume de Encomendas” (31,5%). Das referidas dificuldades, as empresas apontaram os aspectos de “Insuficiência de Trabalhadores” (24,9%) e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (22,5%) como as dificuldades mais significativas. Projectando os próximos três meses, as empresas do sector industrial inquiridas identificam os “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (59,7%), “Preços Elevados das Matérias-Primas” (58,3%) e “Insuficiência de Trabalhadores” (53,6%), como principais motivos de preocupação no desempenho do seu ramo de actividade.