O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, salientou hoje (dia 31 de Janeiro) que não é o momento oportuno para a importação de condutores profissionais, nem irá autorizar os respectivos pedidos. Afirmou que o governo vai empenhar-se na criação de mais e melhores condições para atrair trabalhadores locais à profissão de condutor. Francis Tam, após o encontro com os representantes de várias associações laborais, disse à comunicação social que, actualmente, as prioridades para o governo são empenhar-se na criação de condições para os trabalhadores locais que estejam interessados em seguir a profissão de condutor, designadamente, providenciar melhores condições que permitam aos titulares de cartas de condução iniciar a referida profissão, bem como cursos de formação e aperfeiçoar o regime de exame de carta de condução profissional, por forma a que pessoas de meia-idade e na plenitude da vida ou pessoas interessadas em mudar de profissão, possam obter a carta de condução válida, a fim de aliviar a falta de recursos humanos no ramo dos transportes. Acrescentou que, ao mesmo tempo, o governo vai assumir as suas responsabilidades, no sentido de incentivar o diálogo entre as partes laboral e patronal, nomeadamente as empresas de exploração exclusiva, proprietários de empresas privadas do sector dos transportes e os trabalhadores, com o objectivo de reforçar a comunicação entre os mesmos e melhorar o ambiente de trabalho de forma mais rápida e eficaz. Francis Tam disse ainda que ao ponderar o aperfeiçoamento das políticas de trânsito, o governo não irá começar pelos recursos humanos, mas sim pelo reforço da coordenação entre as diversas partes, bem como procurar os métodos para melhorar o ambiente geral do trânsito, aperfeiçoar as medidas de trânsito e o sistema de transportes públicos. Acrescentou que os dados estatísticos demonstram que, actualmente, existem cerca de 4000 pessoas titulares de carta de condução de automóveis pesados de passageiros, contudo, existem apenas cerca de mil condutores de autocarros públicos em funções. Disse ainda que, caso as condições forem melhoradas, haverá maior espaço de manobra para atrair mais pessoas adequadas a ocupar as vagas. O secretário considera que, a partir da análise dos dados estatísticos, não há qualquer necessidade, no momento, de importar condutores profissionais. Entretanto, o governo tem a responsabilidade de reforçar a fiscalização à mão-de-obra não residente e combate à mão-de-obra ilegal. Referiu que a proposta de lei “Regime Geral das Relações de Trabalho”, as propostas da Lei e do Regulamento Administrativo sobre “Regulamento e Princípios para o Recrutamento de Trabalhadores no Exterior”, já foram entregues ao Conselho Executivo para apreciação, depois da nomeação dos membros do Conselho para o Desenvolvimento Económico será constituído um grupo de trabalho composto pelas partes laboral, patronal e governo, por forma a providenciar uma plataforma de discussão para as políticas de importação de mão-de-obra e respectivas proporções.