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Francis Tam fala sobre os mini-bonds da Lehman Brothers Holdings Inc.


O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, disse hoje (26 de Outubro) que, relativamente à questão dos mini títulos de dívida do Lehman Brothers Holdings Inc., o governo acordou que os casos de Macau devem ser tratados pelas as instituições e agências de distribuição de Hong Kong em conformidade com a prática local para situações análogas. E, no que diz respeito aos casos questionáveis de venda, o governo vai continuar a seguir e solicitar aos agentes e distribuidores em Macau para que acompanhem e resolvam as reclamações. Francis Tam falou à comunicação social antes da partida, esta manhã, à frente de uma delegação de empresários, para a exposição internacional de comércio e economia da China ocidental (The 9th Western China International Economy & Trade Fair), em Chengdu, na província de Sichuan. Na ocasião, o secretário acrescentou que os regulamentos estipulam que as instituições financeiras devem dar a conhecer, claramente, os riscos de quaisquer produtos financeiros aos clientes e nunca serem utilizados meios questionáveis para a comercialização dos mesmos. Depois da situação do Lehman Brothers Horldings Inc., a AMCM e o Conselho de Consumidores receberam umas centenas de reclamações, algumas das quais envolvendo vendas questionáveis, que o governo tem estado a acompanhar, tendo solicitado aos distribuidores para assumirem as responsabilidades da situação e dialogarem com os clientes no sentido de encontrar um solução satisfatória para ambas as partes, acrescento. O mesmo responsável anunciou que o governo vai rever os regulamentos das operações envolvendo este tipo de produtos financeiros e definir regras de comercialização e fiscalização mais rigorosas. Francis Tam indicou ainda, face às reclamações sobre os mini-títulos Lehman Brothers Holdings Inc., que os títulos comercializados em Macau podem ser entendidos como parte integrante das vendas de Hong Kong, uma vez que a maior parte das instituições financeiras envolvidas na venda dos referidos produtos em Macau tem as sedes, ou agências, no território vizinho. Assim, o governo de Macau concorda que os casos locais sejam tratados do mesmo modo que os congéneres de Hong Kong, para garantia de maior protecção dos lesados, adiantou. O secretário sublinhou também que a Autoridade Monetária de Macau já informou a congéneres de Hong Kong sobre a vontade da RAEM: avaliação sobre o valor dos respectivos títulos de dívida e o valor de recompra/remissão, após avaliação, como também a devolução dos proveitos obtidos pelos respectivos clientes, o mais breve possível, em conformidade com a prática de Hong Kong. Os casos de Macau apontam para os mil e duzentos ou trezentos, com um valor total estimado na ordem dos 700 milhões de patacas. Francis Tam concluiu ainda que, face a situação actual da economia, tanto o governo como a maioria da população devem estar preparados para, em conjunto, enfrentarem uma situação de abrandamento do crescimento económico no próximo ano.