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Resultado da 2ª. pesquisa sobre a proliferação de mosquitos nos domicílios, a realizar pelos Serviços de Saúde para o ano 2008


Os Serviços de Saúde realizaram uma segunda investigação sobre a proliferação de mosquitos nos domicílios, durante o período de 10 a 30 de Setembro do corrente ano, em Macau. De acordo com o resultado desta pesquisa, os três índices mais importantes que revelam a proliferação de mosquitos nos domicílios diminuíram o seu valor, quando comparados com os do período homólogo. A fim de avaliar a quantidade da fonte de mosquitos nos domicílios e a sua proliferação, bem como tendo presente o prognóstico de probabilidade de propagação da Febre de Dengue em Macau, os Serviços de Saúde realizaram, de 10 a 30 de Setembro do corrente ano, a segunda pesquisa sobre a proliferação de mosquitos nos domicílios. Esta pesquisa foi apoiada pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, e os destinatários foram famílias escolhidas aleatoriamente em Macau. A presente investigação, tal como as anteriormente realizadas, também teve como objectivo principal medir os três indicadores que mostram a possibilidade de propagação da Febre de Dengue, nomeadamente, o Índice de Habitação, o Índice Bretaeu e o Índice de Recipiente. Durante a pesquisa, os trabalhadores dos Serviços de Saúde também deram apoio aos destinatários seleccionados, quanto à identificação da fonte de reprodução dos mosquitos e à sua eliminação, a fim de se atingir o objectivo de prevenir a infecção da Febre de Dengue nas habitações. O Índice Bretaeu é a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da febre de dengue, para um determinado número de famílias seleccionadas para a pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o índice, maior é a possibilidade de propagação da Febre de Dengue. Conforme a pesquisa, o valor médio deste índice em Macau é 3,7, sendo o seu valor mais alto obtido na área do Tap Seac, 6,4, seguido do obtido na área do Fai Chi Kei, 5,8 (vide o Quadro I). O Índice de Habitação é o número de famílias que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue, em 100 (cem) famílias. De acordo com a investigação, o valor médio do Índice de Habitação em Macau é 2,2%, registando-se o seu valor mais alto na área do S. Lourenço, 3,7%, seguido do obtido na área do Fai Chi Kei, 3,3%, respectivamente. O Índice de Recipiente indica o número dos recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em cada 100 (cem) recipientes com água. O valor médio deste índice em Macau é de 2,6%, sendo o seu valor mais alto obtido na área do Fai Chi Kei, 7,1%; o segundo lugar foi encontrado na área de S. Lourenço, 4,3%. Em conformidade com esta pesquisa, os três índices mais importantes que revelam a proliferação de mosquitos nos domicílios, apresentam uma diminução de valor quando comparados com os do período homólogo do ano passado e com os do mês de Junho do corrente ano (vide o Quadro II), sendo porém o seu valor mais alto do que os do período homólogo dos anos 2005 e 2006. Relativamente ao tipo de recipientes nos domicílios, segundo a pesquisa, verificou-se que as jarras para plantas ainda são as fontes de proliferação de mosquitos Aedes Albopictus mais frequentes nos domicílios, representando 86,4% dos reservatórios de vigilância de larvas e, em seguida, são as bases dos vasos e recipientes para pôr água. Considerando a época de alto risco de disseminação da Febre de Dengue em Macau, se os cidadãos abrandarem o trabalho de eliminação dos mosquitos e não prestarem atenção na limpeza das fontes de proliferação de mosquitos nos domicílios, caso surja um caso importado, a Febre Dengue tornar-se-á uma epidemia em Macau. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos que não devem abrandar o trabalho de eliminação das fontes de proliferação de mosquitos no interior e exterior das casas, especialmente as jarras, as bases de vasos e águas estagnadas encontradas nos recipientes de água e devem, no mínimo, proceder semanalmente à sua limpeza e esfrega; quando viajarem, devem adoptar medidas para evitar a picada dos mosquitos; se, depois do regresso a Macau, aparecerem com sintomas como febre e erupção cutânea, devem recorrer, logo que possível, ao médico e tomar medidas para evitar os mosquitos, não podendo protelar o tratamento médico, sob pena de provocar a propagação da doença. Dez recomendações para eliminar a fonte da proliferação dos mosquitos Aedes Os mosquitos Aedes gostam de reproduzir-se em pequenas quantidades de água estagnada, na sombra. A fim de impedir a proliferação dos mosquitos Aedes, os cidadãos devem prestar atenção às seguintes dez recomendações: 1. Não abandone lixos, especialmente, garrafas vazias, latas, vasilha, caixas de comida, copos plásticos, sacos plásticos, resíduos da construção civil e outros objectos que podem acumular água, nos espaços devolutos, casas abandonadas ou pátios, terraços e beirais de telhados dos prédios; 2. Limpe todos os recipientes que podem acumular água no interior e exterior da casa ou, em caso de impossibilidade, coloque os recipientes de forma invertida ou remova-os para evitar a água estagnada; 3. Jarras e vasos para flores ou plantas devem ser lavados pelo menos uma vez por semana, sendo também necessário mudar a água que contêm; evite utilizar bases de vasos, e, em caso de utilizá-las, evite a acumulação de água; remova a água na base do frigorífico, de tipo mais antigo, e limpe-a uma vez por semana; evite a água estagnada na base do ar condicionado; 4. Evite colocar pneus abandonados ao ar livre ou utilize-os como instalação contra-choque; caso necessário, faça neles furos para evitar a água estagnada; 5. Depósitos de água nos terraços dos prédios devem ser bem tapados e limpos periodicamente; poços devem ser cobertos com a respectiva tampa; evite depositar água nos baldes e tinas, caso necessário, cubra-os bem com tampas e limpe-os, mudando a água uma vez por semana; 6. Utilize cimento, barro, areia, esponja ou outros materiais para encher covas, tanques profundos e baixas com água estagnada, bem como troncos de bambu cortados, buracos de árvore, grutas, jarras e vasos fixos nos cemitérios; 7. Todos os esgotos devem ser ligados à rede pública de esgotos; deve limpar periodicamente as condutas de esgotos, canais e valas, mantendo-os desimpedidos; 8. Evite a fuga de água nos canais de água, contador de água, bem como canais de incêndio e condutas de esgotos; 9. Nos tanques, reservatórios e poços que não podem ser limpos, deve-se possibilitar a criação de peixes (gambusia affinis, poecilia reticulata ou macropodus opercularis) ou outros seres que comam larvas de mosquito. 10. Quanto aos tanques e às jarras para plantas aquáticas ou algumas espécies de ninfeáceas, tais como lótus ou nenúfares, se não pode utilizar os métodos acima referidos para remover a água estagnada nestes recipientes, deve, periodicamente, aplicar insecticida para matar as larvas de mosquito. (Para quaisquer informações, é favor contactar com as Equipas Sanitárias Comunitárias dos Centros de Saúde.)