Recentemente, têm surgido, sucessivamente, casos de falência, de aquisição ou de salvamento pelo Governo, através de concessão de fundos, de alguns bancos de investimento e instituições seguradoras de grande dimensão, resultantes das dificuldades financeiras encontradas, o que tem provocado uma flutuação brusca nos mercados financeiros internacionais, mas sem registo de grande impacto para Macau. Em relação à banca, embora alguns bancos disponham de bens ou produtos das instituições financeiras afectadas por esta crise, tal representa apenas uma pequena parte em relação ao total dos activos, pelo que não conduzirá a um impacto directo muito grande nos bancos locais. Adicionalmente, com as experiências obtidas na crise económica asiática, os bancos têm adoptado, nos últimos anos, princípios de estabilidade operacional e de gestão prudente, o que viabiliza uma gestão rigorosa de riscos e um controlo efectivo interno, pelo que foram registados resultados operacionais fantásticos. No momento presente, o rácio empréstimos/depósitos e o rácio de activos de má qualidade (“non-performing assets”) são, respectivamente, de 62,8% e 0,32%, enquanto que o rácio de adequabilidade se situa ao nível de 15,8%, pelo que se constata uma alta liquidez, boa qualidade de activos e suficiência de fundos. Devido ao aumento das incertezas quanto ao desenvolvimento económico-financeiro internacional, a AMCM e todos os bancos estão a acompanhar, de uma forma atenta, o desenvolvimento do mercado, reforçando o controlo constante, a gestão e a supervisão do risco a fim de assegurar a estabilidade contínua do sistema bancário de Macau.
