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Governo reduz quotas de trabalhadores não residentes das operadoras de jogo


O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, reiterou hoje (16 Setembro) que o governo, depois de estipular que o exercício de funções croupier fica interdita a trabalhadores não residentes, tem ainda como meta, a longo prazo, que as funções de gestão, a nível intermédio, sejam desempenhadas por locais. Depois do encontro, esta tarde, com representantes da Associação de Empregados das Empresas de Jogo de Macau e da Federação das Associações dos Operários de Macau, o secretário indicou que os presentes trocaram impressões sobre o caso relacionado com a operadora Galaxy e reiterou a posição do governo sobre o assunto. Uma vez que os 58 ex-trabalhadores locais do casino da operadora em questão já concluíram o curso de formação de supervisores de sala de jogo, o governo tomou medidas imediatas, na semana passada, cancelando o mesmo número de quotas da operadora para trabalhadores não residentes com funções de supervisão e exigindo que os lugares, em Outubro, sejam ocupados por locais devidamente habilitados para o efeito. O secretário adiantou que o governo sabe qual a pressão da vida dos trabalhadores despedidos e entende que eles devem ser apoiados. Para tal, irá exigir às operadoras, com base na lei, a redução de quotas de trabalhadores não residentes para que os lugares possam ser ocupados por locais. No entanto, relativamente ao grupo de pessoal agora habilitado com requisitos necessários, o governo não pode obrigar qualquer empresa, em termos de funcionamento, a empregar quem quer que seja, mas somente solicitar os maiores esforços no sentido do recrutamento entre o referido colectivo ou, ainda, recomendar os trabalhadores a outras operadoras, acrescentou. Francis Tam informou também que o governo está agora a apreciar os planos das operadoras de promoção de carreiras de trabalhadores locais, apelando para o aperfeiçoamento e aceleração dos processos, a fim de que as funções intermédias de gestão possam vir a ser desempenhadas por pessoal da Região Administrativa Especial (RAE), o mais breve possível, e informando que o governo vai tentar concluir todo o processo até final do mês e divulgar os resultados ao público, adiantou. Quando questionado sobre o eventual impacto das mais recentes alterações no mercado financeiro internacional para a RAE, o secretário para a Economia e Finanças, respondeu que as autoridades competentes mantêm-se em contacto com as entidades financeiras do território e suficientemente informadas. Assim, pode afirmar-se que o sistema financeiro de Macau está estável e a funcionar normalmente, sublinhou o secretário, concluindo com um voto de total confiança e crédito em relação ao funcionamento e gestão do sistema financeiro do território.