Os Serviços de Estatística e Censos informam que o Índice de Preços no Consumidor geral de Julho de 2008 registou um aumento de 9,22% em relação ao mês homólogo de 2007, atingindo o nível de 125,77. Salienta-se que o índice de preços das secções produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, saúde e transportes subiu 19,97%; 14,56% e 12,70%, respectivamente. Os aumentos mais significativos ocorreram nos preços: da carne enlatada (77,22%); do arroz (67,30%); da carne de vaca fresca (61,35%); dos óleos comestíveis (53,73%); do peixe fresco de água doce (46,07%); da carne de porco fresca (36,81%); dos produtos hortícolas (41,79%) e da carne de porco congelada ou refrigerada (40,47%), que pertencem à secção produtos alimentares e bebidas não alcoólicas. Nas secções saúde e transportes, observaram-se crescimentos notórios, nomeadamente, nas consultas médicas (25,53%) e nos preços da gasolina sem chumbo (29,69%). No que concerne à secção habitação e combustíveis, embora os índices de preços: do gás de petróleo liquefeito (+26,47%); dos serviços de reparação e manutenção da habitação (+20,65%); bem como das rendas de casa (+14,36%) tenham subido significativamente, o crescimento homólogo do índice de preços da habitação e combustíveis abrandou para 6,72%, devido à atribuição do subsídio temporário de electricidade pelo Governo aos agregados familiares. Por seu turno, os índices de preços das secções comunicações e educação diminuíram 6,88% e 5,83%, respectivamente, face ao mês homólogo de 2007, uma vez que o preço do serviço telefónico móvel desceu e o subsídio, que o Governo atribuiu este ano lectivo às propinas dos estudantes que frequentam as escolas que não aderiram à rede de ensino gratuito, aumentou. O IPC-A e o IPC-B de Julho de 2008 foram de 127,91 e 125,13, respectivamente, quando comparados com os do mês homólogo do ano anterior verificaram-se crescimentos de 9,57% e 9,10%, respectivamente. No mês em análise, o IPC-geral subiu 0,84% comparativamente a Junho de 2008. Destacam-se os aumentos dos índices dos preços das secções produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (1,99%), recreação e cultura (0,73%) e transportes (0,71%) que foram provocados pelo crescimento de preços: dos produtos hortícolas, causados pela chuva contínua; das excursões turísticas ao exterior durante as férias de Verão, e dos bilhetes de avião, respectivamente. Por seu turno, verificaram-se acréscimos mensais de 1,07% e 0,78%, no IPC-A e no IPC-B, respectivamente. Nos primeiros sete meses do corrente ano, o índice médio do IPC-geral aumentou 9,03% face ao período homólogo de 2007. O IPC-geral dos 12 meses terminados no mês de referência, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, cresceu 7,99%. O IPC-geral permite conhecer como a variação de preços influência a generalidade da população de Macau. O IPC-A reflecte a evolução de preços para 49% das famílias residentes, cuja despesa mensal está compreendida entre 3.000 e 9.999 Patacas e o IPC-B representa o mesmo indicador para 31% das famílias residentes, cuja despesa mensal varia entre 10.000 e 19.999 Patacas.