O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, garante que o Governo da RAEM tem prestado especial importância à questão das ligações directas de serviços de correio, comércio e transportes entre os dois lados do Estreito de Taiwan. Segundo o governante, foram já feitas algumas avaliações internas sobre os possíveis impactos na economia de Macau, continuando-se a envidar esforços para contornar a influência das mudanças externas e aproveitar as condições favoráveis para a promoção do desenvolvimento económico de Macau. Na resposta à interpelação escrita do deputado Ung Choi Kun, Francis Tam reitera que a concretização das ligações directas de serviços de correio, comércio e transportes irá, a longo prazo, contribuir para intensificar os intercâmbios económico e comercial entre os dois lados do Estreito de Taiwan, desenvolvendo ambas as economias. Neste cenário, destaca, Macau contará com mais oportunidades no que toca ao desenvolvimento económico, tendo acesso a condições favoráveis para a diversificação apropriada da economia. Porém, ressalva o mesmo responsável, a curto prazo e tendo em consideração a actual estrutura económica de Macau, a materialização das ligações directas destes serviços irá afectar alguns sectores, influenciando ligeiramente a economia global de Macau. De acordo com o Secretário, o sector dos transportes aéreos, tanto de passageiros como de carga, terá maior concorrência, na medida em que a oferta será mais alargada, situação que deve ser analisada segundo diferentes perspectivas. Todavia, sublinha, o sector da aviação de Macau continuará a ser competitivo, assim que aumente a sua eficiência e proporcione mais facilidades para passageiros e mercadorias. Segundo Francis Tam, para enfrentar as possíveis mudanças e diminuir o impacto para Macau, a Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM) e as entidades competentes do sector começaram a efectuar preparativos há alguns anos, diversificando as ligações aéreas para diminuir a percentagem dos passageiros que apenas utilizam Macau como um ponto de transferência. A intenção passa por explorar activamente as rotas com as regiões do sudeste e nordeste da Ásia, tentando captar mais visitantes para Macau, e procurar mais mercados para explorar o sector da carga, realça o governante. Nos últimos anos, o número de passageiros do sudeste da Ásia tem aumentado, representando 30 por cento do número total de passageiros, enquanto que o número de passageiros de Taiwan diminuiu para cerca de 40 por cento, frisa o mesmo responsável. Sob a política de abertura do sector da aviação, Francis Tam diz que o Governo da RAEM continua empenhado em atrair mais companhias aéreas para Macau, procurando também alargar o mercado de passageiros. Nota: Para mais informação, pode consultar a página da Assembleia Legislativa (http://www.al.gov.mo) – interpelação escrita, com o seguinte número: 285/III/2008.