O Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde foi notificado hoje (02 de Maio) de um caso de ocorrência de doença de mãos, pés e boca em diversas crianças na Creche Tung Sin Tong II situada na Rua de Entre-Campos. Desde 26 de Abril, nas crianças desta creche surgiram sucessivamente doença de mãos, pés e boca e até à hoje (02 de Maio) registou-se um total de 7 casos, dos quais 5 pertencem da mesma turma. A situação foi ligeira e recorreram às entidades médicas para tratamento, não tendo havido qualquer caso de internamento hospitalar, nem qualquer sintoma anormal do sistema nervoso ou caso de graves complicações. O Centro de Prevenção e Controlo da Doença está neste momento a proceder à recolha de amostras das crianças para confirmar a fonte patogénica através das análises laboratoriais. A Autoridade Sanitária procedeu à verificação in-loco e orientou a creche para proceder às medidas de controlo e infecção, como a limpeza e a desinfecção. A par disso, a mesma ordenou uma suspensão por um período de sete dias da turma em que tinham ocorrido simultaneamente 5 casos, por forma a impedir a mútua transmissão entre crianças e proceder à desinfecção ambiental. A infecção pelo enterovirus pode ser causada pelo grupo de Coxsackievírus, Echovírus ou Enterovírus 71. A infecção pelo enterovírus aparece durante o ano inteiro e a nível mundial, com um pico no Verão, sendo a origem de várias doenças, incluindo as menos graves e frequentes, tais como, mãos, pés e boca e herpangina e, outras mais graves, nomeadamente, miocardite e meningite asséptica. Em princípio, a doença de mãos, pés e boca afecta as crianças com idade inferior a 5 anos. O período de incubação varia de 3 a 7 dias, e é transmitida por meio de contacto directo com os excrementos dos infectados, pelas gotículas de saliva e pelos materiais contaminados. Devido ao contacto próximo das crianças nas creches e jardins de infância, especialmente, nas actividades de jogos, é fácil ocorrer um surto de doença de mãos, pés e boca, a qual é uma doença de grande contagiosidade. No período inicial aparecem sintomas, tais como, febre, dor de garganta, vesículas pequenas ou pústulas vermelhas nas mãos, pés e nádegas, não se manifestando dores nem comichão, e surgem herpes na boca, causando posteriormente úlceras. No período de sete (7) a dez (10) dias, as vesículas e as pústulas vão desaparecendo gradualmente, e o doente fica curado. A transmissão dos enterovírus principia alguns dias antes dos primeiros sintomas surgirem, localizando-se os vírus na garganta e nas fezes e, durante algumas semanas, as fezes do doente contêm estes vírus. Os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos, nomeadamente, aos elementos das instituições educativas e lares, aos alunos e aos pais, para que, devido à inexistência de qualquer vacina eficaz contra os enterovírus, apliquem as seguintes medidas de prevenção da infecção por enterovírus: Medidas pessoais:
- Prestar atenção à higiene pessoal, nomeadamente, lavar as mãos, antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou objectos sujos;
- Cobrir a boca e o nariz sempre que espirrar e tossir, adoptando medidas de precaução no manuseamento das secreções da boca e do nariz;
- Evitar os lugares densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados;
- Manter uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada, praticar desporto, descansar o suficiente, evitar cansar-se demasiado e não fumar, para aumentar a imunidade;
- Em caso de aparecer com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca, recorrer imediatamente a consulta médica. Medidas a aplicar pelas instituições educativas:
- Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados, utilizando frequentemente a lixívia diluída na proporção de 1:100 para limpar as paredes até a altura de 1 metro, as mesas, as cadeiras e os brinquedos;
- Proceder ao exame diário, de manhã, e prestar frequentemente atenção ao pessoal e aos alunos, especialmente, com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca;
- Os alunos e os elementos do pessoal com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca devem permanecer em casa;
- Em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal entre os alunos e os elementos de pessoal, as instituições educativas devem informar, imediatamente, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença dos Serviços de Saúde (Tel.: 2856 1122) e o Instituto de Acção Social ou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude. Informações actualizadas sobre vigilância antigripal Um número normal de doentes com infecção do tracto respiratório superior nos hospitais O resultado da vigilância antigripal realizada pelo Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde revelou na décima sétima semana, um número normal de doentes com infecção do tracto respiratório superior nos Serviços de Urgência dos dois hospitais. Por cada mil utentes, 360 sofreram de infecção do tracto respiratório superior. Contudo, no Serviço de Urgência Pediátrica o número de infecções respiratórias foi de 660 por cada mil doentes. Nos três hospitais não se têm registado casos graves. Um número normal de faltas de alunos nas escolas De acordo com o resultado da vigilância das doenças transmissíveis realizada pelo Centro de Prevenção e Controlo da Doença junto das Escolas, a falta de alunos às aulas, por febre e manifestação de sintomas do tracto respiratório superior, na décima sétima semana, revelou um número normal de faltas.