O Chefe do Executivo, Edmund Ho, afirmou hoje (25 de Abril) que o apoio financeiro único para atenuar o impacto da inflação, com a atribuição de 5000 patacas a residentes permanentes e 3000 patacas a não permanentes, tem como objectivo concretizar as políticas de acção governativa, nomeadamente retribuindo a riqueza à população. A responder aos jornalistas, à partida para a Wuhan, na província de Hubei, onde irá participar na 3ª edição da Exposição da China Central para estreitar as relações e a cooperação com as seis províncias do centro do país, Edmund Ho considerou natural que os cidadãos tenham diferentes opiniões sobre a atribuição deste apoio financeiro. Contudo, salientou, o Governo da RAEM tem uma posição bem clara sobre o tema, procurando concretizar, através desta medida, os planos e as políticas definidas no âmbito da acção governativa. De acordo com o Chefe do Executivo, o Governo reserva parte do saldo positivo para que, no futuro, sirva como garantia de aposentação e assistência social para os residentes, criando, deste modo, uma poupança a longo prazo. Além de manter a estabilidade financeira, esta medida é também uma retribuição da riqueza à população, reiterou. Segundo o mesmo responsável, este apoio financeiro não é, ao contrário do que muitos entenderam, uma medida para combater a pobreza ou um regime de benefícios sociais. Edmund Ho frisou ainda que os residentes podem decidir se precisam e qual a utilidade a dar a esse dinheiro, adiantando que espera conseguir a colaboração da Assembleia Legislativa (AL) neste processo. O reforço do orçamento deve ser apresentado à AL em breve, acrescentou, para que a atribuição do apoio financeiro possa acontecer em Julho. Quando questionado à partida de Macau e depois de cumprimentar a delegação empresarial, o secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, que integra a comitiva do Chefe do Executivo, referiu que a visita a Wuhan proporciona aos empresários de Macau uma boa oportunidade para se inteirarem sobre o desenvolvimento económico das diferentes regiões, intensificarem o intercâmbio e cooperação com os empresários da China Central e, a estes últimos, o contacto com os empresários da RAEM. Francis Tam disse que, nos últimos anos, os empresários locais têm acumulado experiências nos contactos com o mercado externo. Reconhecendo que os empresários de Macau encaram dificuldades diferentes, e se conseguem ou não aproveitar estas oportunidades, tudo depende da capacidade dos mesmos ou se as medidas da China Central correspondem. Disse acreditar que os empresários de Macau vão saber agarrar bem alguns modelos e meios de desenvolvimento e melhorar os conhecimentos aquando da procura de caminhos de cooperação e oportunidades de desenvolvimento, devido à participação em actividades de intercâmbio e de cooperação, bem como à aquisição de experiências em vários fóruns e exposições, nos últimos anos. A delegação empresarial organizada pelo IPIM é composta por cerca de 100 empresários e acompanha a comitiva do Chefe do Executivo à III Exposição da China Central.