O Instituto Cultural da R.A.E. de Macau promove mais um concerto integrado no Ciclo de Concertos de Câmara da Orquestra de Macau. Intitulado “Clássicos de Viena”, o concerto animará o Teatro D. Pedro V às 20:00 horas do dia 8 de Março, Sábado, prometendo um excelente serão na companhia dos músicos da Orquestra de Macau. Do programa fazem parte o Dueto para Clarinete e Fagote em Fá Maior, WoO 27 Nº 2 de Ludwig van Beethoven (1770-1827), o Quarteto de Cordas em Dó Maior, op. 76 Nº 3 “Imperador” de Joseph Haydn (1732-1809), e o Quinteto de Cordas em Sol menor, K. 516 de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Embora célebre pelas suas sinfonias, o gigante da música alemã Ludwig van Beethoven também se destacou em várias áreas da música de câmara, incluindo nos géneros quarteto de cordas, trio para piano e sopros. A história do conjunto de três duetos para madeiras, com o número WoO27, é bastante complicada devido ao facto destes apresentarem datas de composição diferentes (entre 1810 e 1815). No entanto, a combinação pouco usual de clarinete e fagote resultará certamente num belo ponto de partida para os concertos desta noite. Entra seguidamente em cena Joseph Haydn, um compositor prolífico e célebre na Europa do seu tempo, cujas obras parecem condensar, na música, o melhor do engenho e do espírito do Iluminismo. Propondo-se aperfeiçoar uma nova linguagem musical, fundada no folclore musical da Baixa Áustria e inspirada na sua experiência em conjuntos ambulantes de rua, o músico desenvolveu um inovador estilo de polifonia instrumental sem o apoio harmónico do baixo contínuo. O seu princípio construtivo era a forma-sonata, um esquema que consistia em exposição, modificação tonal e recapitulação, com desenvolvimento de temas constantes, o qual viria a tornar--se no som de marca do Classicismo vienense. O Quarteto de Cordas em Dó Maior, op. 76 Nº 3, ostentando o cognome “Imperador”, devido à inclusão no segundo andamento da melodia de “Gott erhalte Franz den Kaiser” (Que Deus proteja o Imperador Franz), um hino que escreveu para o Imperador Franz II, é uma composição de grande simplicidade e dignidade, numa perfeita síntese entre equilíbrio construtivo e expressão emotiva, a qual merece inteiramente a grande popularidade de que goza. O triunvirato clássico de Viena não poderia deixar de incluir Wolfgang Amadeus Mozart, de cujo tesouro musical a Orquestra de Macau seleccionou para a noite de Sábado o Quinteto de Cordas em Sol menor, K. 516, uma das mais sublimes obras da história da música instrumental. Este quinteto exprime uma angústia pessoal tão profunda que alguns musicólogos tiveram dificuldade em aceitar que fosse da autoria de Mozart. A sua criação tem uma origem trágica – recebendo a notícia de que o seu pai se encontrava seriamente doente, o compositor mergulhou num estado sinistramente mórbido e depressivo, pelo que muitos críticos entrevêem neste melancólico e nostálgico quinteto a expressão exaltada da sua dor e ansiedade. Os bilhetes para este concerto encontram-se à venda na Rede Kong Seng ao preço de MOP 30. Mais informações estão disponíveis no sítio web do IC: www.icm.gov.mo.