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Estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) referentes ao 3º Trimestre de 2009


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos divulga as estimativas do PIB referentes ao terceiro trimestre de 2009. As variações mencionadas neste texto referem-se a variações homólogas reais, a não ser que outra seja indicada. O sector do jogo e turismo apresentou as seguintes melhorias no terceiro trimestre deste ano: as receitas brutas do jogo (excluídas as gorjetas) cresceram notavelmente 22,3%, em termos nominais, face ao idêntico trimestre do ano transacto; a despesa total de visitantes (excluído o jogo) contraiu-se, acentuadamente, de -20,6% no segundo trimestre, para -10,2% neste trimestre. Porém, a formação bruta de capital fixo (FBCF) e as exportações de mercadorias continuaram a descer notoriamente, tendo-se observado atenuações de 41,3% e 54,4%, respectivamente. Analisando os dados supra mencionados, realça-se que o PIB registou um crescimento real de 8,2% no trimestre de referência, extinguindo-se o crescimento económico negativo assinalado nos últimos três trimestres. Por seu turno, as descidas reais do primeiro, do segundo trimestres e do primeiro semestre de 2009 do PIB foram ajustadas para baixo, atingindo 12,0%, 15,3% e 13,6% respectivamente. O seu crescimento real em 2008 também foi ajustado para baixo, alcançando 12,9%. Numa análise por principais componentes do PIB, salienta-se que a despesa em consumo privado desceu 1,2%, no trimestre de referência, sendo esta diminuição inferior à verificada no segundo trimestre de 2009 (-2,1%). A despesa de consumo final das famílias realizada no mercado local reduziu-se tenuemente 0,1%, devido ao diminuto número populacional, enquanto que a realizada no exterior desceu 0,9%. Realça-se que a despesa efectuada na China Continental se situou nos 745 milhões de Patacas. A despesa de consumo final do Governo elevou-se, significativamente, 17,4% e esta foi mais elevada que a registada no segundo trimestre do corrente ano (2,1%). No que concerne à remuneração dos empregados, observou-se um incremento de 6,3%. As compras líquidas de bens e serviços dilataram-se 55,4%. A FBCF, que reflecte o investimento, registou uma quebra de 41,3%, cuja amplitude foi superior aos -30,3% assinalados no segundo trimestre. O investimento realizado pelo sector privado decresceu 46,1%, tendo-se verificado reduções de 54,2% no investimento em construção e de 14,4% no investimento em equipamento. No que diz respeito ao investimento realizado pelo sector público, observou-se um incremento de 89,3%, para o qual contribuiu o investimento em construção que cresceu substancialmente 145,5%, ao passo que o investimento em equipamento baixou 5,6%. Analisando os dados do investimento global efectuado pelos sectores privado e público, registou-se uma expansão da queda no investimento em construção, de -32,4% no segundo trimestre, para -48,5% no terceiro trimestre de 2009, e um decréscimo na amplitude do investimento em equipamento, que passou de -22,7% no segundo trimestre para -13,9% no trimestre em análise. Na vertente do comércio de bens, as exportações de mercadorias no terceiro trimestre observaram descidas de 56,9%, em termos nominais e de 54,4%, em termos reais, cujas tendências decrescentes contraíram-se face ao segundo trimestre. Numa análise por mercados, as exportações para os Estados Unidos da América caíram 82,7%, para a União Europeia 60,8%, para a China Continental 48,5% e para Hong Kong 11,1%, em termos nominais. Entretanto, as importações de mercadorias diminuíram 20,2%, em termos nominais e 18,5%, em termos reais, estas foram inferiores às registadas no segundo trimestre de 2009. Quanto ao comércio de serviços, as exportações de serviços no âmbito de jogo, aumentaram 22,6% e a despesa total de visitantes (excluído o jogo) contraiu-se, alcançando -10,2%, uma vez que o número de visitantes e as suas despesas per-capita baixaram 2,1% e 8,6%, respectivamente. Analisando o comportamento das exportações de serviços, notou-se uma expansão de 15,8%, relativamente ao total de serviços exportados, interrompendo-se assim a tendência decrescente observada desde o quarto trimestre de 2008. Por seu turno, as importações de serviços restringiram-se substancialmente, passando de -22,4% no segundo trimestre para -7,2% no terceiro trimestre de 2009.