Chefe do Executivo, Edmund Ho, disse que após cessar funções, não irá trabalhar no sector empresarial ou assumir cargos em associações. O mesmo responsável afirmou que irá prestar todo apoio à governação do próximo Chefe do Executivo, Chui Sai On e ao respectivo governo, mas escusou-se tecer quaisquer comentário sobre o mesmo. No encontro, realizado hoje, com a comunicação social local, o Chefe do Executivo respondeu, quanto ao seu percurso depois de terminar o mandato evidenciando que passados dez anos de governação irá dedicar mais tempo ao descanso e a uma vida tranquila e calma. Este expressou-se honrado pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos dez anos, demonstrando não ter interesse em desempenhar no futuro qualquer cargo no governo, excluindo ter interesse ou vontade pessoal. O chefe do Executivo demonstrou que, além disso, após o dia 20 de Dezembro do corrente ano, altura em que cessará funções, será positivo para ele ver a vida mais tranquila sem trabalho e acrescentou que o novo ritmo “mais lento” será um prémio pelo trabalho árduo realizado. Edmund Ho revelou que antes de assumir o cargo de Chefe do Executivo, desempenhou funções em várias associações as quais considera importantes pela experiência adquirida nas actividades exercidas e no contacto que teve com as pessoas. O chefe máximo do governo afirmou que depois de muitos anos de trabalho não pretende regressar ao associativismo devido a não aspirar qualquer cargo. Quando questionado sobre a razão de não querer trabalhar no sector empresarial Edmund Ho considerou negativo cessar funções e prosseguir qualquer actividade comercial pelo contacto próximo que esta área mantém com o governo da RAEM. Se as empresas forem apoiadas pelo Governo não será visto com bons olhos exercer funções nas mesmas e poderá até mesmo ser concluído que Edmund Ho exerce influências. Por outro lado se a empresa estiver em dificuldades poderão até mesmo interpretar de forma errada a presença de Edmund Ho e considerar que esta se encontra em desvantagem perante a concorrência, disse. Edmund Ho referiu ainda que o novo Estatuto de Chefe do Executivo e Titulares de principais cargos, discutido no Conselho Executivo, na fase final para apreciação na Assembleia Legislativa, sujeita os mesmos a um regime de impedimento de um ano, após a cessação de funções, para assumirem cargos no sector público ou privado, salvo nomeados pelo governo central, governo da RAEM, e pelo presente Chefe do Executivo. No segundo e terceiro anos de actividades requerem autorização do Chefe do Executivo, em funções, após ser aberto um processo regulamentar administrativo. Acrescentou que embora esta lei ainda que aprovada pela Assembleia Legislativa, deve, por uma questão de princípio, deve incluir o primeiro e segundo governo da RAEM. Sobre o novo governo Edmund Ho expressou-se confiante no futuro e disponibilizou-se a prestar qualquer apoio à governação do próximo chefe do executivo assim como aos trabalhos desenvolvidos pelo grupo de trabalho nomeado. O chefe do Executivo frisou que os trabalhos realizados ao longo dos últimos dez anos serviram para adquirir e realizar inúmeras experiências positivas as quais lhe deram uma ideia clara sobre o desenvolvimento da sociedade local considerando que a sua inactividade profissional poderá ser um grande apoio ao futuro governo e chefe do Executivo. “Embora todos esperem que eu tenha opiniões concretas sobre o próximo governo e depois de ponderar sobre o assunto das mais diversas formas, independentemente sobre a maneira como eu descreveria as minhas opiniões, estas estarão sujeitas a inúmeras interpretações”. Edmund Ho realçou que não há necessidade para emitir qualquer informação sobre o próximo governo e chefe do Executivo por estarem constantemente sujeitos à especulação. Mesmo após cessar funções Edmund Ho insiste que não pretende expressar quaisquer comentários sobre o próximo governo.