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Casos de Intoxicação alimentar colectiva em trabalhadores estrangeiros


No dia 9 de Outubro, o Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde recebeu a notificação do Hospital “Kiang Wu”, de 3 casos suspeitos de intoxicação alimentar colectiva. Os doentes são trabalhadores de nacionalidade Vietnamita que jantaram juntos em casa na noite de dia 8, com outras 3 pessoas que também manifestaram sintomas ligeiros. Todas as pessoas afectadas tinham comido sopa com talo de inhame (vide fotografias), usado como ingrediente da sopa que tinham tomado durante a refeição. Através do inquérito epidemiológico constactou-se que as pessoas iniciaram queixas ainda durante a refeição, com dor de garganta intensa, dispneia ligeira, paralisia dos lábios, tendo dois deles vomitado a sopa de seguida e outros três recorrido à consulta hospitalar, por desconforto após o consumo das folhas de inhame. Um dos doentes ficou internado no hospital, mas já teve alta. Do inquérito foi apurado que este talo do inhame foi adquirido dia 8 de manhã, numa tendinha ambulante fora do mercado sito perto na Rua de Ribeira Patane. Compraram também peixe fresco que foi cozinhado na sopa. Ao ingerirem a sopa não manifestaram sintomas e só começaram a sentir queixas quando mastigavam o talo do inhame. Todos os casos que sofreram de intoxicação sentiram dores de garganta intensas e, dois sentiram ligeira falta de ar, paralisia dos lábios, mas sem diarreia nem vómitos. Após observação e tratamento médico, os três indivíduos em causa tiveram alta hospitalar. Foi solicitado ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais para investigar o produto suspeito. De acordo com informação disponível e o quadro clínico dos pacientes, concluiu-se que esta intoxicação alimentar teve relação com o consumo de “Alocasia macrorrhiza”, um inhame similar àquele que é consumível. Este inhame “Alocasia macrorrhiza” possui um componente tóxico e ácido oxálico que é um líquido corrosível, que pode causar logo que se mastiga sintomas graves de corrosão como dores na boca e garganta, paralisia, perca da voz, dificuldade em engolir. O cozinhar não altera a toxicidade do tóxico. O consumo de folhas, talo cru ou cozinhado pode igualmente provocar intoxicação. Devido à dificuldade de distinção entre “Alocasia macrorrhiza” e o inhame sem folhas, o consumidor deve criterioso ao adquirir este produto. Os Serviços de Saúde apelam por isso aos cidadãos para prestar atenção aos locais de aquisição de alimentos e nunca adquirir alimentos em locais não licenciados nem consumir alimentos que desconheça a sua origem. Para assegurar a protecção da sua saúde, nunca consuma alimentos que suspeite da sua origem. Foto 1Foto 2