Os familiares da reclusa suspeita de suicídio, ocorrido no dia 18, por enforcamento, estiveram, esta manhã, acompanhados por mais de 20 indivíduos, munidos de um painel, na entrada principal do EPM para a realização do ritual fúnebre. Durante o ritual, os referidos indivíduos lançaram os papéis votivos contra os guardas em serviço, injuriando-os verbalmente. Os familiares da falecida queixaram-se da falta de respeito por parte dos guardas, exigindo assim aos mesmos que apresentem desculpas. Solicitaram, principalmente, uma reunião com a direcção do EPM. Face ao pedido, o EPM providenciou, no sentido de organizar um encontro entre a Chefe da Divisão de Apoio Social, Educação e Formação, Ho Sio Mei e os familiares (marido, irmã e filha) da falecida, para atender as suas solicitações e explicar-lhes que o caso foi submetido ao acompanhamento da PJ, correndo já o inerente processo de averiguações interno. Durante o encontro com os familiares da falecida, estes apresentaram várias solicitações que a seguir se referem: 1) Tomar conhecimento do resultado das averiguações; 2) Devido à carência económica da família, solicitar auxílio em relação às despesas funerárias, nomeadamente do enterro; 3) Autorizar os familiares da falecida a realizarem o ritual fúnebre na zona prisional; 4) Autorizar a visita face-a-face entre a família e o filho da falecida em cumprimento de pena, tendo em consideração a preocupação da família com o estado emocional do mesmo. O EPM prometeu que irá informar os familiares da falecida do resultado do processo de averiguações interno. Relativamente ao apoio às despesas funerárias, o EPM irá articular com o IAS, as instituições de beneficiência e o Fundo do EPM, para resolver a questão. Do mesmo modo, os técnicos desta Instituição irão prestar apoio, no sentido de providenciar a entrada dos familiares no EPM para procederem aos rituais fúnebres. Ao mesmo tempo, foi providenciada a visita face-a-face entre os familiares e o filho da falecida, informando-os de que a situação do filho será acompanhada estreitamente pelos técnicos. Após o encontro com a direção do EPM e com o filho da falecida, os familiares abandonaram o EPM com as emoções estabilizadas. Porém, estes ao sairem do EPM cruzaram-se com um deputado na porta principal da prisão, o qual tomou a iniciativa de conversar com os mesmos. Depois da conversa, os familiares exaltaram-se outra vez. Para saber o que se passava lá fora, o EPM destacou pessoal junto dos familiares para saber se tinham mais alguma solicitação a apresentar. Os familiares disseram que não. No entanto, o referido deputado e a multidão composta por mais de 10 pessoas mantinham-se ainda concentrados na entrada exterior ao EPM. Por volta das 16H30, a multidão abandonou o local de forma pacífica. Pelas 17H00, três familiares da falecida voltaram outra vez ao EPM para solicitar uma nova reunião com a direcção. Durante a segunda reunião, além das referidas solicitações, os familiares pediram que tomassem em consideração o óbito da mãe como um dos factores da avaliação do processo de liberdade condicional, a favor do filho da falecida em cumprimento de pena. Em resposta, o EPM prometeu levar em consideração o assunto solicitado aquando da avaliação do pedido de concessão da liberdade condicional.