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Resultado da 1ª. pesquisa sobre a proliferação de mosquitos nos domicílios, realizada pelos Serviços de Saúde para o ano 2009


Os Serviços de Saúde realizaram a primeira investigação sobre a proliferação de mosquitos nos domicílios, durante o período de 13 a 30 de Junho do corrente ano, em Macau. De acordo com o resultado desta pesquisa, os três índices mais importantes que revelam a proliferação de mosquitos nos domicílios diminuíram o seu valor, quando comparados com os do período homólogo. A fim de avaliar a quantidade da fonte de mosquitos nos domicílios e a sua proliferação, bem como tendo presente o prognóstico de probabilidade de propagação da Febre de Dengue em Macau, os Serviços de Saúde realizaram, de 13 a 30 de Junho do corrente ano, a primeira pesquisa sobre a proliferação de mosquitos nos domicílios. Esta pesquisa foi apoiada pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, e os destinatários foram 600 famílias escolhidas aleatoriamente em Macau. A presente investigação, tal como as anteriormente realizadas, também teve como objectivo principal medir os três indicadores que mostram a possibilidade de propagação da Febre de Dengue, nomeadamente, o Índice de Habitação, o Índice Bretaeu e o Índice de Recipiente. Durante a pesquisa, os trabalhadores dos Serviços de Saúde também deram apoio aos destinatários seleccionados, quanto à identificação da fonte de reprodução dos mosquitos e à sua eliminação, a fim de se atingir o objectivo de prevenir a infecção da Febre de Dengue nas habitações. O Índice Bretaeu é a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da febre de dengue, para um determinado número de famílias seleccionadas para a pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o índice, maior é a possibilidade de propagação da Febre de Dengue. Conforme a pesquisa, o valor médio deste índice em Macau é 2,3, sendo o seu valor mais alto obtido na área do Porto Interior (6,5), seguido do obtido na área do Tap Seac (3,7) (vide o Quadro I). O Índice de Habitação é o número de famílias que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue, em 100 (cem) famílias. De acordo com a investigação, o valor médio do Índice de Habitação em Macau é 2,2%, registando-se o seu valor mais alto na área do Porto Interior (6,5%), seguido do obtido na área do Tap Seac (3,7%), respectivamente. O Índice de Recipiente indica o número dos recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em cada 100 (cem) recipientes com água. O valor médio deste índice em Macau é de 1,6%, sendo o seu valor mais alto obtido na área do Porto Interior (6,4%); o segundo lugar foi encontrado na área de S. Lourenço (1,7%). Em conformidade com esta pesquisa, os três índices mais importantes que revelam a proliferação de mosquitos nos domicílios, mantiveram um valor aceitável. Na área do Porto Interior, encontrou-se o valor mais alto valor destes três índices em comparação com os valores das outras áreas, existindo, assim, nesta zona um risco mais elevado. Relativamente ao tipo de recipientes nos domicílios, segundo a pesquisa, verificou-se que as jarras para plantas ainda são as fontes de proliferação de mosquitos Aedes Albopictus mais frequentes nos domicílios, representando 78,6% dos reservatórios de vigilância de larvas e, em seguida, são as bases dos vasos. Considerando a época de alto risco de disseminação da Febre de Dengue em Macau, se os cidadãos abrandarem o trabalho de eliminação dos mosquitos e não prestarem atenção na limpeza das fontes de proliferação de mosquitos nos domicílios, caso surja um caso importado, a Febre Dengue tornar-se-á uma epidemia em Macau. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos que não devem afrouxar o trabalho de eliminação das fontes de proliferação de mosquitos no interior e exterior das casas, especialmente as águas estagnadas encontradas nos recipientes de água, tais como, as jarras, as bases de vasos e devem, no mínimo, proceder semanalmente à sua limpeza e esfrega; quando viajarem, devem adoptar medidas para evitar a picada dos mosquitos; se, depois do regresso a Macau, aparecerem com sintomas como febre e erupção cutânea, devem recorrer, logo que possível, ao médico e tomar medidas para evitar os mosquitos, não podendo protelar o tratamento médico, sob pena de provocar a propagação da doença. Dez recomendações para eliminar a fonte da proliferação dos mosquitos Aedes Os mosquitos Aedes gostam de reproduzir-se em pequenas quantidades de água estagnada, na sombra. A fim de impedir a proliferação dos mosquitos Aedes, os cidadãos devem prestar atenção às seguintes dez recomendações: 1. Não abandone lixos, especialmente, garrafas vazias, latas, vasilha, caixas de comida, copos plásticos, sacos plásticos, resíduos da construção civil e outros objectos que podem acumular água, nos espaços devolutos, casas abandonadas ou pátios, terraços e beirais de telhados dos prédios; 2. Limpe todos os recipientes que podem acumular água no interior e exterior da casa ou, em caso de impossibilidade, coloque os recipientes de forma invertida ou remova-os para evitar a água estagnada; 3. Jarras e vasos para flores ou plantas devem ser lavados pelo menos uma vez por semana, sendo também necessário mudar a água que contêm; evite utilizar bases de vasos, e, em caso de utilizá-las, evite a acumulação de água; remova a água na base do frigorífico, de tipo mais antigo, e limpe-a uma vez por semana; evite a água estagnada na base do ar condicionado; 4. Evite colocar pneus abandonados ao ar livre ou utilize-os como instalação contra-choque; caso necessário, faça neles furos para evitar a água estagnada; 5. Depósitos de água nos terraços dos prédios devem ser bem tapados e limpos periodicamente; poços devem ser cobertos com a respectiva tampa; evite depositar água nos baldes e tinas, caso necessário, cubra-os bem com tampas e limpe-os, mudando a água uma vez por semana; 6. Utilize cimento, barro, areia, esponja ou outros materiais para encher covas, tanques profundos e baixas com água estagnada, bem como troncos de bambu cortados, buracos de árvore, grutas, jarras e vasos fixos nos cemitérios; 7. Todos os esgotos devem ser ligados à rede pública de esgotos; deve limpar periodicamente as condutas de esgotos, canais e valas, mantendo-os desimpedidos; 8. Evite a fuga de água nos canais de água, contador de água, bem como canais de incêndio e condutas de esgotos; 9. Nos tanques, reservatórios e poços que não podem ser limpos, deve-se possibilitar a criação de peixes (gambusia affinis, poecilia reticulata ou macropodus opercularis) ou outros seres que comam larvas de mosquito. 10. Quanto aos tanques e às jarras para plantas aquáticas ou algumas espécies de ninfeáceas, tais como lótus ou nenúfares, se não pode utilizar os métodos acima referidos para remover a água estagnada nestes recipientes, deve, periodicamente, aplicar insecticida para matar as larvas de mosquito. (Para quaisquer informações, é favor contactar com as Equipas Sanitárias Comunitárias dos Centros de Saúde.)