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Atenção redobrada para a infecção por enterovírus


Visto que no corrente ano, em Zhuhai foram registados mais de dois mil casos de doença de mãos, pés e boca, entre os quais existiram casos graves e mortais, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para que se mantenham atentos para a prevenção da infecção por enterovírus. De acordo com as informações de vigilância obtidas pelo Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, no período entre Janeiro e Junho do corrente ano, em Macau foram registados 26 casos de infecção colectiva de doença de mãos, pés e boca ocorridos nas creches e jardins infantis, que envolveram uma totalidade de 962 doentes, representando este número mais do que o dobro do número verificado no período homólogo do ano transacto (402 casos). Todavia, até ao presente, foi verificado apenas um caso ligeiro de infecção por enterovírus 71 (EV71). Todos os casos de infecção colectiva acontecidos em creches ou jardins infantis no corrente ano foram confirmados, através de testes laboratoriais, não serem infecção pelo grupo de coxsackievírus A16 nem pelo grupo de enterovírus 71 (EV71). A situação dos casos foi ligeira, não tendo havido qualquer caso de internamento hospitalar, nem qualquer sintoma anormal do sistema nervoso ou outras complicações graves. A infecção pelo enterovírus pode ser causada pelo grupo de Coxsackievírus, Echovírus ou Enterovirus 71, etc. A infecção pelo enterovírus aparece durante o ano inteiro e a nível mundial, com o pico no período de verão, e pode causar várias doenças, incluindo as menos graves e frequentes, tais como, doença de mãos, pés e boca e herpangina e, outras mais graves, nomeadamente, miocardite e meningite asséptica. Em princípio, a doença de mãos, pés e boca afecta as crianças com idade inferior a 5 anos. O período de incubação varia de 3 a 7 dias, e é transmitida por meio de contacto directo com os excrementos dos infectados, pelas gotículas de saliva e pelos materiais contaminados. Devido ao contacto próximo das crianças nas creches e jardins de infância, especialmente, nas actividades de jogos, é fácil ocorrer um surto de doença de mãos, pés e boca, a qual é uma doença de grande contagiosidade. No período inicial aparecem sintomas, tais como, febre, dor de garganta, vesículas pequenas ou pústulas vermelhas nas mãos, pés e nádegas, não se manifestando dores nem comichão, e surgem herpes na boca, causando posteriormente úlceras. No período de sete (7) a dez (10) dias, as vesículas e as pústulas vão desaparecendo gradualmente, e o doente fica curado. A transmissão dos enterovírus principia alguns dias antes dos primeiros sintomas surgirem, localizando-se os vírus na garganta e nas fezes e, durante algumas semanas, as fezes do doente podem conter estes vírus.
Os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos, nomeadamente, aos elementos das instituições educativas e lares, aos alunos e aos pais, para que, devido à inexistência de qualquer vacina eficaz contra os enterovírus, apliquem as seguintes medidas de prevenção da infecção por enterovírus: Medidas pessoais: - Prestar atenção à higiene pessoal, nomeadamente, lavar as mãos, antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou objectos sujos; - Cobrir a boca e o nariz sempre que espirrar e tossir, adoptando medidas de precaução no manuseamento das secreções nasofaríngeas; - Evitar os lugares densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados; - Manter uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada, praticar desporto e descansar o suficiente, evitar cansar-se demasiado e não fumar, para aumentar a imunidade; - Em caso de aparecer com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca, recorrer imediatamente a consulta médica. Medidas a aplicar pelas instituições educativas: - Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados, utilizando frequentemente a lixívia diluída na proporção de 1:100 para limpar as paredes até à altura de 1 metro, as mesas, as cadeiras e os brinquedos; - Proceder ao exame diário, de manhã, e prestar frequentemente atenção ao pessoal e aos alunos, especialmente, com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca; - Os alunos e os elementos do pessoal com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca devem permanecer em casa; Em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal entre os alunos e os elementos de pessoal, as instituições educativas devem informar, imediatamente, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença dos Serviços de Saúde (Tel. : 2853 3525) e o Instituto de Acção Social ou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.