O Instituto de Acção Social (IAS) está atento à situação em que mais uma creche tem casos confirmados da gripe A H1N1. Ontem (7 de Julho) à noite, depois de recebida a notificação, o IAS activou de imediato o plano de contingência e entrou em contacto com os Serviços de Saúde, a creche em causa e a instituição gestora desta, com vista à suspensão das aulas das turmas com casos de infecção, assim como à limpeza e desinfecção da creche afectada. A par disso, de acordo com as estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), alguns doentes com doenças prolongadas, as crianças com idade inferior a 6 anos de idade e os idosos com mais de 65 anos de idade devem ser considerados como grupos de alto risco de serem infectados. O IAS já solicitou, por ofício, aos equipamentos sociais a tomada de todas as medidas eficazes para prevenir a infecção dos utentes e trabalhadores. A creche com casos confirmados da Gripe A H1N1 é a Creche “A Adorinha” da Associação Geral das Mulhres de Macau, situada na Areia Preta, Edf. Nam Wa San Chui, r/c, e acolhe um total de 129 crianças, onde trabalham 19 funcionários. O IAS depois de receber ontem à noite a notícia, entrou logo em contacto com os Serviços de Saúde, a creche e a instituição gestora. De seguida decidiram suspender temporariamente os serviços da turma C onde casos de infecção foram detectados e, em simultâneo, observar atentamente o estado de saúde das crianças da turma E. Esta manhã, antes de começar os serviços, a ocorrência da infecção foi comunicada a todos os encarregados de educação dos utentes. Além disso, procedeu-se imediatamente à limpeza e desinfecção cuidadosa de todas as instalações da creche e foram enviados à creche profissionais de saúde e assistentes sociais, a fim de introduzir e orientar todo o pessoal da creche na execução das medidas de contingência. O IAS sugere aos respectivos encarregados de educação para, na medida do possível, tomarem cuidados dos seus filhos. E sempre que haja necessidade dos serviços da creche, as crianças devem ser entregues na creche que sempre frequentaram, por forma a evitar a disseminação da epidemia. Entretanto, devem prestar especial atenção ao estado de saúde dos seus filhos. A Administração já exortou a creche a executar continuamente e com rigor as medidas preventivas, no sentido de assegurar o estado de saúde das crianças que necessitam mesmo de voltar à creche. Hoje (8 de Julho), a creche registou a presença de 15 crianças. Por outro lado, o IAS e os Serviços de Saúde destacam hoje, ao fim da tarde, pelas 19h00, à Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional, na Avenida 1.° de Maio, Areia Preta, os seus técnicos de saúde pública e psicologia clínica para uma sessão de esclarecimento destinado aos trabalhadores e pais das crianças da creche em causa para lhes transmitir as informações sobre a situação epidémica, as medidas preventivas e os conhecimentos para solução dos problemas de gestão de saúde e adaptação psicológica, e lhes esclarecer as dúvidas eventualmente apresentadas. De acordo com as estatísticas preliminares da OMS, cerca de metade dos doentes com Gripe A H1N1 que se encontram em estado grave, têm as seguintes condições crónicas subjacentes: gravidez, asma, outras doenças do foro pneumológico, diabetes, obesidade, doenças imunológicas ou em tratamento de imunosupressão, doenças neurológicas e doenças cardiovasculares. A par destas situações, as crianças com idade inferior a 6 anos de idade, os idosos com mais de 65 anos de idade e os outros doentes com doenças prolongadas devem ser considerados como grupos de alto risco de serem infectados. Isto significa que na sequência de os mesmos virem a ser infectados pelo vírus da Gripe A H1N1, o risco de ocorrência de complicações é mais alto levando à morte. Como os destinatários dos equipamentos sociais incluem pessoas de alto risco acima mencionadas, o IAS já enviou ofícios solicitando que os equipamentos sociais tomem todas as medidas eficazes para prevenir a infecção dos utentes e dos trabalhadores e o surto de epidemia, bem como as influências graves eventualmente causadas à saúde dos utentes de alto risco.