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Resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1º trimestre de 2009


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1º trimestre de 2009, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas em Abril de 2009 era de 3,1 meses, aumentou 11,5%, em relação ao trimestre anterior (2,78 meses), mas reduziu 18,6% quando comparado com o do período homólogo do ano passado (3,81 meses). A carteira de encomendas detida pelo sector de “Vestuário e Confecção” era de 2,92 meses, enquanto a de “Outros Sectores” e do “Calçado” eram de 3,19 e 2,5 meses, respectivamente. Das encomendas detidas, e por mercado de destino, embora as perspectivas de evolução das exportações futuras sejam poucas favoráveis, o Japão, a UE e os EUA são, relativamente, os mercados que apresentam perspectivas mais favoráveis. Entretanto, os mercados de destino como Austrália, Médio Oriente, Outros Paíse da Europa, África e Hong Kong, têm demonstrado comportamentos menos satisfatórios, com uma fraca carteira de encomendas.
No contexto das perspectivas de evolução das exportações para os próximos seis meses, verifica-se uma diminuição considerável na percentagem das empresas com perspectiva favorável, passando de 28,3% no período homólogo do ano anterior e 3,8% no trimestre anterior para 0,7% no trimestre em causa (diminuiu consideravelmente 27,6 e 3,1 pontos percentuais, respectivamente), sendo todas com perspectivas de ligeiro crescimento. Em contrapartida, 74,1% das empresas antecipam uma situação menos favorável, diminuiu 14,5 pontos percentuais, em relação ao do trimestre passado, mas aumentou 48,3 pontos percentuais, face ao verificado no mesmo período de 2008. Das quais, 4,2% apontam para um ligeiro decréscimo e 69,9% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação de estagnação aumentou de 7,4%, verificado no trimestre anterior, para 25,2% neste trimestre. Dados estes, traduzem que os empresários inquiridos assumem uma posição relativamente pessimista face às exportações futuras. No tocante ao mercado de trabalho, e em termos de mão-de-obra afecta ao sector industrial exportador, as empresas inquiridas observaram uma redução de 18,9% e 35,0%, face ao trimestre passado e ao período idêntico de 2008, respectivamente. De entre as quais, 39,8% afirmaram terem enfrentado uma maior insuficiência de trabalhadores, embora seja um nível superior aos 34,2%, verificados no trimestre anterior, mas é inferior aos 59,7%, verificados no período homólogo de 2008; destacando-se o sector de “Vestuário e Confecção”, com uma representação de 33,4% no seio do mesmo, inferior aos 36,0% do trimestre passado e aos 60,0% verificados no mesmo trimestre de 2008, respectivamente. Com base nos resultados do Inquérito, no desempenho das actividades de exportação no 1º trimestre de 2009, as percentagens das empresas inquiridas que registaram dificuldades nos domínios de “Insuficiente Volume de Encomendas” e “Preços Elevados das Matérias-Primas” foram de 87,3% e 55,1%, respectivamente, existindo ainda outros factores problemáticos, tais como o de “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (54,0%), “Insuficiência de Trabalhadores” (38,9%) e “Salários Elevados” (16,1%). Das referidas dificuldades, as empresas apontaram os aspectos de “Insuficiente Volume de Encomendas” (39,2%), “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (22,6%) e “Preços Elevados das Matérias-Primas” (3,0%) como as dificuldades mais significativas.
Projectando os próximos três meses, as empresas do sector industrial inquiridas identificam “Insuficiente Volume de Encomendas” (69,6%), “Preços Elevados das Matérias-Primas” (51,2%) e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (48,4%) , como principais motivos de preocupação no desempenho do seu ramo de actividade.