Na manhã do dia 11 de Maio, os Serviços de Saúde foram notificados pelo Ministério da Saúde da RPC dum caso confirmado de gripe A H1N1 verificado na Província de Sichuan. De acordo com a comunicação, o doente viajou no voo NW029 de Tokyo para Beijing no dia 8 de Maio. Chegou ao Aeroporto Internacional de Beijing na madrugada do dia seguinte às 01h30 e transitou de Beijing para Chengdu no voo 3U8882 no dia 9 de Maio, às 10h50, tendo chegado a Chengdu às 13h17 do mesmo dia. O Ministério de Saúde informou que se encontra a procurar os passageiros dos referidos dois voos e não comunicou até ao momento que existissem residentes de Macau nestes voos. Os Serviços de Saúde mantêm-se em contacto estreito com o Ministério da Saúde e apelam aos cidadãos para contactarem o Centro de Prevenção e Controlo da Doença através da linha verde de 24 horas no. 28561122, por si próprios ou caso suspeitem que existam familiares seus que tivessem viajado nos referidos voos, no intuito de que a Autoridade de Saúde possa proceder ao seu acompanhamento e prestar-lhes apoio em tempo oportuno. No dia 11 de Maio, um residente de Macau que regressou a Macau vindo dos Estados Unidos da América recorreu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) devido à apresentação de tosse e dores de garganta. Depois de submetido a exame, foi excluída a possibilidade de estar infectado pela gripe A H1N1. Por outro lado, três visitantes de nacionalidade filipina vindos da Canadá foram detectados como portadores de febre e de sintomas do trato respiratório pela equipa médica dos Serviços de Saúde destacada no Terminal Marítimo Provisório de Passageiros do Pac On, tendo os mesmos sido transferidos para o CHCSJ onde, depois de exames mais detalhados, foi excluída a possibilidade de se encontrarem infectados pela gripe A H1N1.
De acordo com os dados estatísticos dos Serviços de Saúde de 11 de Maio, o posto médico das Portas do Cerco mediu a temperatura corporal de 116.906 pessoas, 5 das quais pediram informações; o posto médico do Terminal Marítimo mediu a temperatura corporal de 17.201 pessoas, tendo 1 pessoa sido transferida para o CHCSJ para exame; o posto médico do Aeroporto Internacional de Macau mediu a temperatura corporal de 4.221 pessoas; o posto médico sito no posto fronteiriço do Cotai mediu a temperatura corporal de 3.597 pessoas e o posto médico do Terminal Marítimo Provisório de Passageiros do Pac On mediu a temperatura corporal de 4.854 pessoas. Registaram-se 141 crianças e 55 adultos que recorreram ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para consulta médica por sofrerem de sintomas do tracto respiratório. Até ao anoitecer do dia 11 de Maio, o número de casos “muito prováveis” e “confirmados” de Influenza A H1N1 são nulos. Nos Serviços de Saúde não existe qualquer caso sob investigação ou caso suspeito.
A porta-voz do Gabinete da Região do Pacífico Ocidental da Organização Mundial de Saúde afirmou que, atendendo que os vírus de influenza se transmitem entre os humanos a uma velocidade relativamente alta e, devido à movimentação transfronteiriça frequente a nível internacional, se prevê que os casos de gripe A H1N1 nesta região continuem a aumentar.
De acordo com a situação do surto epidémico nos diferentes locais do mundo e as características de transmissão da gripe, quando se agravar o surto epidémico a nível mundial, será impossível para Macau evitar a 100% a entrada de casos importados. Felizmente, de acordo com as informações actualmente obtidas, a maioria dos casos verificados não são graves. Tendo em consideração o desenvolvimento do surto epidémico nos diferentes locais do mundo e as características de transmissão da gripe, os Serviços de Saúde já cumpriram as orientações da Organização Mundial de Saúde, tendo definido as políticas relativas a isolamento para quarentena que incluem a realização de isolamento rigoroso nos hospitais indicados, noutros estabelecimentos ou no domicílio, a monitorização activa dos casos prováveis através de acompanhamento diário pelos trabalhadores de saúde e o reforço da auto-gestão da saúde, no sentido de que o risco de propagação da epidemia possa ser minimizado eficazmente.