O governo segue com grande atenção o desenvolvimento da indústria de aviação civil em Macau e, depois de uma avaliação das influências de um novo cenário para o território, adoptou medidas flexíveis e em tempo oportuno, reajustando estratégias, para enfrentar os diversos desafios, diz o presidente da Autoridade de Aviação Civil de Macau, Chan Weng Hong. Em resposta à interpelação escrita do deputado Chan Meng Kam, o mesmo responsável acrescenta que, após a transferência de administração, e perante os resultados positivos das políticas do turismo, a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) tem vindo a afirmar-se, gradualmente, como destino turístico. O Aeroporto Internacional e o sector da aviação civil locais reuniram esforços para ampliação da rede de aviação civil, a fim de reduzir a dependência dos voos entre os dois lado do Estreito de Taiwan e concretizar o objectivo de diversificação de origem de passageiros traçado pelo governo. Com o sucesso da introdução de voos de companhias estrangeiras de baixo custo em Macau, no ano de 2003, e abertura do monopólio nas companhias aéreas locais e estabelecimento de uma nova companhia em 2006, a quota do mercado de Taiwan tem vindo a registar uma redução anual, recorda. O mesmo responsável garante que o governo prosseguirá com o implemento e liberalização das políticas aéreas no sentido de criar um ambiente de competitividade para o sector da aviação civil. Enquanto a AACM, por sua vez, continuará a manter uma comunicação estreita com as companhias aéreas locais, para conhecer a situação de cada uma e os planos de expansão de rotas, e a desenvolver iniciativas para estimular e atrair companhias aéreas locais e estrangeiras à abertura de novas rotas, especialmente no mercado do sudeste asiático, estando empenhada em transformar o AIM em aeroporto de destino, bem como a promover o diálogo periódico com a Direcção dos Serviços de Turismo e as organizações dos sectores do turismo e de transporte de carga, a auscultar opiniões, estudar e,ainda, definir medidas mais vantajosas para que o sector de aviação civil possa harmonizar-se com o desenvolvimento futuro dos sectores do turismo e da indústria logística, afirma Chan Meng Kam. Entretanto, com o objectivo de aumentar a competitividade do AIM na região, foi aprovado, em Dezembro do ano passado, um novo plano de incentivos ao AIM, através do qual se espera que as companhias aéreas aumentem o número de voos e rotas. A AACM fiscalizará o implemento do referido plano e continuará, também a apoiar a Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, SARL (CAM) para a respectiva revisão periódica, recorda. O presidente da AACM destaca ainda que o projecto do terminal marítimo da Taipa, que se encontra em fase de construção, conta com as infra-estruturas para a prestação do serviço “Sea Air Link”. E, depois da entrada em funcionamento, estará disponível o serviço de uma só fiscalização para duas alfândegas, o que poderá atrair passageiros estrangeiros a optarem pelo AIM em relação a outros aeroportos na região, aumentando os locais de origem dos passageiros que escolhem Macau. O governo da RAEM, por outro lado, criou, no ano passado, um grupo de trabalho para o desenvolvimento do aeroporto, que estudará o projecto de expansão, nomeadamente a questão dos terrenos para as obras e coordenará a rede de transportes entre o aeroporto e as zonas circundantes, lembra o mesmo responsável. Chan Meng Kam concluiu que tanto a indústria de aviação civil local como a mundial enfrentam uma situação difícil, mas o governo está convicto que, através do fortalecimento da indústria do turismo e das infra-estruturas e com o esforço conjunto dos operadores do ramo, a indústria de aviação civil de Macau poderá transformar os desafios em oportunidades, continuando a manter a força do seu desenvolvimento. Nota: Para mais informações, consultar a página da Assembleia Legislativa (http://www.al.gov.mo) – interpelações escritas, com os seguintes números: 754/III/2008.