Os dirigentes do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e da Direcção dos Serviços de Economia estiveram presentes, há dias, em Pequim para visitar a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspecção e Quarentena e o Ministério do Comércio da R.P.China, com vista a efectuar uma troca de opiniões com essas autoridades sobre a estabilização do abastecimento de géneros alimentícios e produtos exportados para Macau e abordar, bem assim, a conveniência de aumentar os canais de abastecimento de produtos alimentares para Macau. O Governo da RAEM espera que os contactos e cooperação estreitos entre ambas as partes possam ajudar os importadores de Macau a conseguir o aprovisionamento directo de produtos junto dos exportadores do interior da China, reduzindo os custos do segmento intermediário, por forma a estabilizar os preços. A delegação chefiada pelo presidente do Conselho de Administração do IACM, Tam Vai Man, e pelo director da DSE, Sou Tim Peng que esteve em Pequim entre 13 e 15 de Dezembro de 2010, visitou durante esta estadia, respectivamente, a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspecção e Quarentena e o Ministério do Comércio. Estes encontros serviram de momento oportuno para uma troca de opiniões sobre a segurança e a estabilidade do abastecimento de produtos vivos, óleos e géneros alimentícios. Tanto a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspecção e Quarentena como o Ministério do Comércio frisaram que têm atribuído uma grande importância à qualidade e segurança dos produtos alimentares exportados para Macau e preconizado sempre serviços de alta qualidade, segurança, quantidade suficiente e livre de obstáculos no que toca ao abastecimento de produtos alimentares para Macau, para além de procurar manter a estabilidade do abastecimento dos géneros alimentícios destinados a Macau.
A fim de estabilizar o abastecimento desses bens essenciais destinados a Macau e aumentar sua variedade, a delegação informou as referidas autoridades competentes da necessidade de aumentar o número de estabelecimentos credenciados de fornecimento de vegetais e a sua proveniência para, assim, alargar a distribuição dos locais de fornecimento. Por sua vez, as autoridades competentes do interior da China afirmaram que prestam sempre apoio na procura por Macau de diferentes tipos de produtos alimentares, desde que satisfaçam a segurança alimentar. No que respeita aos canais de abastecimento dos produtos alimentares, não estão sujeitos ao limite de quotas os produtos vivos indispensáveis ao consumo humano que satisfaçam os requisitos sanitários para exportação, nomeadamente, as carnes de suínos, galinhas e bovinos refrigeradas e congeladas, bem como os óleos e géneros alimentícios. Podem, pois, os importadores de Macau, por si só, importar directamente esses produtos do interior da China consoante o modelo de funcionamento do mercado. Para prestar apoio aos importadores locais quanto à diversificação da sua origem, o Governo da RAEM pretende organizar, no futuro, bolsas de contacto entre as empresas de oferta e procura dos dois territórios. As autoridades competentes do interior da China acolhem esta iniciativa e referem que os contactos freqüentes e a troca de informações permitirão um melhor entendimento entre as duas partes quanto ao mercado de oferta e procura, desempenhando eles um papel relevante na promoção do estabelecimento de novos canais de abastecimento de géneros alimentícios destinados a Macau. No que tange ao reforço do mecanismo de comunicação de informações sobre os produtos alimentares, o IACM está a acompanhar o processo de ligação ao website da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspecção e Quarentena, para facilitar os eventuais interessados locais a pesquisar, através da internet, os estabelecimentos de origem das diversas regiões, os canais de abastecimento e as formalidades do pedido de exportação. A par disso, o Governo da RAEM e as autoridades competentes do interior da China acordaram em reforçar a cooperação. Para além de manter uma troca atempada de informações sobre a importação e exportação de carnes congeladas e alimentos em conserva, proporcionam oportunidades de parcerias comerciais entre ambas as partes, através da realização de feiras comerciais que, possibilitando a redução, tanto quanto possível, dos segmentos intermediários, aliviará o circuito de abastecimento dos produtos alimentares de diversos obstáculos e dinamizará o mercado de oferta dos produtos. Por último, ambas as partes concordaram em reforçar no futuro a coordenação nas negociações directas entre os empresários dos dois territórios e em proceder ao estudo da realização de feiras e exposições, relativas aos diferentes produtos específicos, com vista a aumentar a probabilidade de criar parcerias entre as partes da oferta e procura. Entretanto, estas partes continuarão a manter ainda o controlo rigoroso sobre a segurança e a qualidade dos produtos alimentares exportados para Macau, para assegurar que, à medida que aumenta o número de canais de abastecimento, os produtos continuem a ser de alta qualidade e seguros. Além disso, o Governo da RAEM vai também prestar apoio aos importadores locais, para que estejam ao corrente das informações do mercado de oferta dos produtos alimentares do interior da China, para lhes permitir escolher os que ofereçam preços razoáveis.