Atendendo à situação do aterro de cinzas volantes de Ka Hó e ao impacte na área circundante, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) iniciou, no final do mês transacto, um processo de melhoramento, nomeadamente efectuando a monitorização nas instalações adjacentes e analisando as amostras do ar, solo e poeira recentemente recolhidas. Prevê-se que os respectivos resultados possam ser obtidos ainda este mês. Simultaneamente, aquela Direcção de Serviços visitou as escolas, o lar de idosos, as instituições de reabilitação e associações que se situam nas imediações para ouvir as respectivas opiniões sobre o assunto, com vista a melhorar os trabalhos. Visando melhorar os processos de tratamento de resíduos e, assim, assegurar a qualidade do ambiente e a saúde dos habitantes, nos finais do mês transacto, a DSPA instou a operadora da Central de Incineração de Macau (CIM) a que, ao proceder ao transporte das cinzas volantes para o aterro, o faça de forma fechada para evitar a dispersão destas substâncias durante o descarregamento. A DSPA decidiu também que, até à conclusão dos trabalhos de actualização da antiga unidade da CIM, os três fornos da nova unidade vão funcionar como linha de tratamento principal e os fornos da antiga unidade ficarão como reserva. Quando for necessário colocar estes em funcionamento, as cinzas volantes resultantes serão transportadas para os equipamentos da nova unidade, com vista a efectuar a solidificação conjunta das cinzas e o sequente transporte para o aterro. O aterro é tapado por lona, cuja superfície é posteriormente coberta de cimento, para evitar a dispersão das cinzas volantes aterradas. Para resolver a situação da deposição final das cinzas volantes a longo prazo, o Governo solicitou, a um organismo cientifico e a uma empresa de consultadoria, a realização de dois estudos de viabilidade, um sobre o aterro e outro sobre a fusão e a reutilização das cinzas volantes, na esperança de, no futuro, poder assegurar o seu tratamento permanente, a par do desenvolvimento sustentável de Macau. Prevê-se que o estudo possa ser concluído no início do próximo ano. Para atenuar as preocupações das instituições da zona circundante, a DSPA visitou a Federação das Associações dos Operários de Macau (incluindo o Lar de Idosos de Nossa Senhora de Ká – Hó que lhe está subordinado), a Escola Dom Luis Versiglia, a Escola de São José de Ká Hó, o Centro de Santa Lúcia, e a Associação das Águias Voadoras de Macau, aos quais fez uma breve apresentação das medidas que estão a ser implementadas para melhorar o mecanismo de monitorização do aterro de cinzas volantes e, assim, assegurar a qualidade do ambiente: junto às instalações destas instituições, será instalado um aparelho para efectuar a recolha de amostras para monitorização da qualidade do ar e, com a devida concordância dos responsáveis, serão também recolhidas amostras, para posterior teste laboratorial, nas próprias instalações das instituições. Os resultados dos referidos testes serão submetidos a uma instituição de estudo científico independente, para análise. Prevê-se que os resultados dos testes possam ser obtidos ainda este mês. Por outro lado, a DSPA planeia instalar um posto de monitorização permanente junto ao aterro de cinzas volantes para conhecer, em tempo oportuno, as variações dos elementos na área adjacente e publicar periodicamente os respectivos dados, com vista a elevar o grau de transparência das informações. A DSPA irá acompanhar, necessariamente, os problemas ambientais a que a sociedade está atenta, procurando solucioná-los de forma permanente e eficaz com vista a aliviar as preocupações da sociedade. A DSPA continua a responsabilizar-se pelo reforço das tarefas em todos os aspectos do ambiente, auscultando seriamente as opiniões dos cidadãos e mantendo estreita comunicação com os diversos sectores sociais com vista a melhor assegurar a qualidade do ambiente e a saúde dos habitantes.