O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, sublinhou hoje que Shenzhen e Macau vão continuar a desenvolver esforços para alargar e intensificar ainda mais os resultados frutíferos de vários anos de cooperação, designadamente com algum enfoque em matéria de indústrias culturais e na definição de mecanismos e modelos de longo prazo. A Reunião de Cooperação Shenzhen-Macau 2010 decorreu hoje (13 de Dezembro) na Zona Económica Especial vizinha e, no final, o secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam e o presidente do município de Shenzhen, Xu Qin, presidiram a uma conferência de imprensa conjunta. Francis Tam lembrou que desde a última reunião em Novembro de 2008, a cooperação Shenzhen-Macau assinala avanços em vários aspectos: primeiro, um maior número de visitas mútuas e intercâmbio entre altos dirigentes; segundo, resultados evidentes na área económica e comercial; terceiro, novos horizontes para a área cultural; quarto, reforço acentuado e maior frequência de acções na área do turismo; quinto, aprofundamento contínuo na área financeira; sexto, desenvolvimento gradual na área da educação; sétimo, fortalecimento contínuo em termos de segurança dos produtos alimentares. No futuro, as indústrias culturais e criativas vão estar em foco em matéria de cooperação entre os dois territórios, com ambos a procurarem e criarem mecanismos e modelos de longo prazo que promovam a cooperação na referida área, bem como o seu reforço, principalmente nos seguinte aspectos: o intercâmbio de quadros qualificados, partilha de recursos em matéria de informação, implementação de um sistema de mercado, construção de uma plataforma de prestação de serviços públicos e organização de eventos de grande envergadura, acrescentou. O secretário anunciou também que, além disso, será acelerado o estudo sobre a possibilidade de a Feira Internacional de Indústrias Culturais da China (Shenzhen) ser extensiva a Macau e promover em conjunto uma exposição de produtos artísticos e artefactos, por forma a criar uma plataforma eficaz para a cooperação e intercâmbio bilateral em termos de indústrias culturais, bem como a exibição e o comércio de produtos culturais. Ao responder às questões da comunicação social, Francis Tam referiu que Macau vai continuar a desempenhar o papel de plataforma para os países de língua portuguesa, fortalecendo o intercâmbio e cooperação entre as províncias e zonas irmãs e o mundo lusófono. Ao falar sobre a cooperação bilateral na área académica, Xu Qin disse que a assinatura do acordo de cooperação entre a Universidade de Macau e a Universidade de Ciência e Tecnologia Nanfang é um bom começo, acreditando que os dois estabelecimentos de ensino superior vão avaliar o reforço da cooperação a nível de formação contínua e de investigação científica. Quanto à cooperação no âmbito de testes e exames em medicina chinesa, o mesmo responsável disse que a biotecnologia constitui uma indústria estratégica de Shenzhen e, perante o elevado nível da medicina chinesa do Instituto de Ciências Médicas Chinesas da Universidade de Macau, existe uma boa base de cooperação, com perspectivas alargadas, afirmou o mesmo responsável.