O Centro de Formação do Fórum entre a China e os Países de Língua Portuguesa foi oficialmente inaugurado esta manhã (dia 14). O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, no seu discurso mostrou-se confiante que “através do Centro e aproveitando plenamente os privilégios de que Macau possui, poder-se-á promover o alargamento do âmbito e da dimensão da formação de recursos humanos dos países participantes do Fórum, elevar o nível de qualidade, fomentar um maior profissionalismo e melhor regulamentação das acções de formação realizadas”. O mesmo responsável acrescentou ainda que esta acção servirá para “impulsionar a colaboração dessa área para um patamar mais elevado e profundo, promovendo assim a consolidação contínua da cooperação entre a China e os países de expressão portuguesa, nos domínios económico e comercial”. “O Centro foi criado em conformidade com os termos consagrados no “Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial” aprovado na 3.ª Conferência Ministerial do Fórum. O estabelecimento deste Centro representa a materialização da importância e do apoio atribuídos pelo Governo Central e pelos Países de Língua Portuguesa participantes, no âmbito do desenvolvimento dos recursos humanos das partes intervenientes”, disse Francis Tam. Os ministros participantes do Fórum assinaram o “Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial (2010-2013)”, o qual inclui a criação do Centro de Formação do Fórum e um estudo que visa aproveitar os conhecimentos de Macau nas áreas ligadas aos sistemas jurídicos da China e dos Países de Língua Portuguesa, na promoção do território como um dos pontos de arbitragem de conflitos comerciais entre as empresas da China e da Lusofonia. De acordo com o plano, Macau continuará a desempenhar activamente o papel de plataforma no reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com destaque para o estabelecimento da ligação da constituição de parcerias entre os agentes económicos, o que irá igualmente estimular a cooperação entre as empresas de Macau, do interior da China e dos Países de Língua Portuguesa, no desenvolvimento conjunto de múltiplas formas de cooperação nas áreas de comércio, logística, investimento, agricultura e pescas, exploração de recursos naturais, construção de infra-estruturas, saúde e telecomunicações, incentivando a RAEM a participar e intensificar a formação de recursos humanos nos Países de Língua Portuguesa, e assim criar oportunidades de estágio para profissionais formados em Macau com o objectivo de fomentar a formação e o aperfeiçoamento da língua portuguesa. O plano também reconhece a importância do estabelecimento de um mecanismo de investimento e financiamento próprio do Fórum de Macau, o que neste contexto, foi demonstrado pelo apoio expresso à criação do “Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, promovido pelas instituições financeiras do interior da China e da RAEM, deixando em aberto a participação voluntária das instituições financeiras ou empresas dos países participantes do Fórum de Macau. No final todos os participantes acordaram que a realização da IV Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa terá lugar em Macau em 2013.